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Como o VIX do Brasil poderá ajudar investidores a se proteger contra o risco

B3 avaliar criar contratos futuros com base no índice de volatilidade; correlação negativa pode contribuir com montagem de portfólios

B3: VIX estreia no Brasil nesta terça (Germano Lüders/Exame)

B3: VIX estreia no Brasil nesta terça (Germano Lüders/Exame)

Publicado em 19 de março de 2024 às 12h22.

Última atualização em 19 de março de 2024 às 15h13.

O Índice VIX do Brasil estreou nesta terça-feira, 19, na B3. VIX do Brasil seguirá a mesma metodologia do original. A principal diferença é que será medido com base no Ibovespa, em vez de se basear no S&P 500. O Índice foi desenvolvido em um parceria entre B3 e S&P 500, resultando no nome oficial B3/S&P Ibovespa VIX. Seu ticker em plataformas de negociação é VXBR. 

O VIX, basicamente, mede a expectativa de volatilidade do mercado para os próximos 30 dias e, por subir em momentos de maior aversão ao risco, é conhecido no exterior como "Índice do Medo". Apesar do apelido suscitar calafrios, o VIX pode ser uma ferramenta poderosa na gestão de portfólios por ter uma correlação negativa com a maioria dos ativos.

No exterior, por exemplo, investidores podem incluir o VIX em seus portfólios via mercado de opções, futuros ou ETFs. No Brasil, nesse primeiro momento, o VIX estará disponível apenas como um indicador de volatilidade. Mas, a expectativa é de que o mercado brasileiro possa negociá-lo em um horizonte não tão distante. Segundo a própria B3, a estruturação de contratos futuros de VIX do Brasil já está em estudo. Ainda não há data de lançamento, nem previsão.

Como funciona o VIX

O Índice VIX mede a volatilidade anualizada esperada pelo mercado para os próximos 30 dias. No caso do Índice Brasil, a volatilidade esperada é a do Ibovespa. Sua medição é feita por meio de contratos de opções de Ibovespa com vencimentos nos próximos 2 meses. Essa volatilidade extraída é implícita nos prêmios dos contratos sendo negociados. Quanto maior o valor do prêmio, maior é a volatilidade.

No mercado de opções, o comprador paga um valor fixo por uma opção (que pode ser de compra ou de venda). Esse valor é chamado de "prêmio" e varia conforme a expectativa de volatilidade. Isso porque quanto maior a expectativa de volatilidade, maior é o risco da operação. Portanto, cobra-se um valor mais alto para se vender uma opção.

Na chegada da pandemia, em 2020, o VIX S&P 500 saltou 476% para 85,47 pontos entre 18 de fevereiro e a máxima de 18 de março. Só que, já com as bolsas em alta, o índice fechou aquele ano a 22,75 pontos.

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