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Commodities caminham para mais um ano de ganhos em 2011

Analistas afirmam que o movimento de alta de 2010 ainda não foi concluído

O petróleo subiu 15 por cento sobre 2009, terminando o ano de 2010 em 91 dólares por barril  (Divulgacao/Site)

O petróleo subiu 15 por cento sobre 2009, terminando o ano de 2010 em 91 dólares por barril (Divulgacao/Site)

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Da Redação

Publicado em 3 de janeiro de 2011 às 16h01.

Nova York/ Londres - As commodities caminham para novas altas em 2011 após dois anos de fortes ganhos que elevaram recentemente o petróleo e os grãos para os maiores valores desde a crise financeira global.

E os analistas, em meio a preços recordes de outras commodities como o cobre, afirmam que o movimento de alta de 2010 ainda não foi concluído.

O setor de commodities em geral subiu 17 por cento em 2010, ampliando o ganho de 23 por cento do ano anterior, de acordo com o índice Reuters-Jefferies CRB.

Tal trajetória superou os 13 por cento do índice de ações S&P500 e os 5 por cento de retorno dos títulos do governo norte-americano.

O paládio liderou os ganhos, enquanto apenas duas das 19 commodities do índice CRB declinaram no ano. O gás natural teve a maior perda, com queda de 21 por cento no ano.

Ganhos de dois dígitos foram a regra, uma vez que os investidores usaram os metais preciosos como hedge contra incertezas. O café e o algodão quase dobraram de preço com a busca de investidores por outros nichos de mercado.

A queda do dólar na sexta-feira ajudou o setor de commodities a encerrar o ano de 2010 com amplos ganhos, com a alta nos momentos finais do cobre --para um recorde--, da prata, para nova máxima de 30 anos, e o petróleo, milho e soja fechando nos maiores valores desde o meados de 2008.

Mas as acelerações dos ganhos nas últimas semanas do ano passado são notáveis por quebrar um correlação há muito tempo intacta com o dólar. Em vez de cair, quando o dólar recuperou-se em novembro e dezembro, as commodities escalaram para novas altas.

Para muitos, isso sugere que o equilíbrio entre oferta e demanda predominando nos mercados sobre os fluxos financeiros, pavimentando o caminho para novas máximas neste ano-- a despeito do dólar que deve se manter, segundo pesquisa da Reuters.

"Eu acredito que os fundamentos das commodities vão superar qualquer jogo de câmbio em 2011. A situação de oferta, do cobre ao café, é realmente apertada", disse Sean McGillivray, vice-presidente da Great Pacific Wealth Management, de Oregon.

O Goldman Sachs, grande investidor e operador de commodities, projetou que o cobre vai testar o recorde de 11 mil dólares por tonelada em 2011.

O algodão foi outro grande vencedor, terminando 2010 com alta de 92 por cento. O ouro subiu 30 por cento no ano, o melhor desempenho desde 2007, puxado pelo temor quanto à recuperação da economia global e pelo enfraquecimento do dólar no terceiro trimestre.

O milho subiu quase 52 por cento, para cerca de 6,30 dólares, acima dos 47 por cento de ganhos do trigo e 35 por cento da soja, que avançou para mais de 13,90 dólares por bushel, puxada pelos efeitos climáticos nas lavouras e pelas compras da China.

O trigo teve seu melhor ano desde 2007 depois da seca que afetou as lavouras Rússia e os produtores da região do Mar Negro e reduziu suas exportações. Chuvas recentes na Austrália também levantam temor sobre a qualidade do cereal.

O petróleo subiu 15 por cento sobre 2009, terminando o ano de 2010 em 91 dólares por barril com a retomada da demanda global, o clima frio e queda dos estoques.

O gás natural teve a maior perda, recuando 21 por cento no ano, por oferta maior do produto.
 

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