Mercados

Comércio exterior faz BM&FBovespa ampliar contratos de câmbio

São Paulo - A BM&FBovespa aumentou nesta semana a quantidade de moedas oferecidas em contratos futuros, permitindo transações com libras esterlinas, ienes, dólares australianos, dólares canadenses e pesos mexicanos. Os novos contratos, negociados desde segunda-feira, se somam aos futuros de dólar norte-americano e de euro. "Começa a ter uma ampliação do número de países no […]

EXAME.com (EXAME.com)

EXAME.com (EXAME.com)

DR

Da Redação

Publicado em 10 de outubro de 2010 às 03h44.

São Paulo - A BM&FBovespa aumentou nesta semana a quantidade de moedas oferecidas em contratos futuros, permitindo transações com libras esterlinas, ienes, dólares australianos, dólares canadenses e pesos mexicanos.

Os novos contratos, negociados desde segunda-feira, se somam aos futuros de dólar norte-americano e de euro.

"Começa a ter uma ampliação do número de países no qual as empresas estão exportando e importando. É natural que você tenha um universo maior de moedas para ter interesse de fazer hedge", disse o diretor de Produtos de Derivativos da bolsa, Marcos Carreira, à Reuters nesta quarta-feira.

Os horários, limites de oscilação e sistema de negociação são os mesmos dos futuros de câmbio já existentes. A liquidação financeira também obedece às mesmas regras.

Até o tamanho do contrato é semelhante, com valores próximos equivalentes ao padrão de 50 mil dólares norte-americanos: 60 mil dólares australianos, 60 mil dólares canadenses, 5 milhões de ienes, 35 mil libras e 750 mil pesos mexicanos.

"Cada contrato foi desenhado para que tivesse um valor nocional muito parecido com o dólar futuro", disse Carreira.

"Para que quando alguém faz um contrato de iene por real e queira fazer um hedge nos componentes mais líquidos, que seria dólar/real e ienes/dólar, o hedge dos reais por dólar possa ser feito com aproximadamente a mesma quantidade de contratos", explicou.

Mas não há intenção, por ora, de ajustar futuramente o tamanho dos contratos para manter a atual correlação diante da oscilação das moedas no mercado internacional.  


"É cedo para poder dizer. Se a gente fosse ficar preocupado em fazer uma coisa muito próxima sempre, entre o desenho do contrato e a implementação do contrato eu já teria que ter ajustado. Não é esse o foco", afirmou Carreira.

Ele disse também que ainda não há planos no momento para que outras moedas sejam negociadas no mercado futuro.

Volume ainda baixo

A liquidez, no entanto, ainda é bastante pequena. Entre segunda e terça-feira foram negociados somente 985 contratos futuros de peso mexicano, o preferido até agora entre os estreantes, em seis operações.

Ainda são poucos os clientes que souberam da iniciativa e demonstraram interesse, segundo profissionais de mercado.

O analista Rossano Oltramari, da corretora XP Investimentos, elogiou a iniciativa da bolsa, mas ponderou que ela "ainda é muito incipiente". A instituição em que trabalha ainda não operou com nenhum dos novos contratos de câmbio.

Segundo o diretor da BM&FBovespa, o pequeno volume nos primeiros dias é normal. "Não são dois ou três dias que vão formar uma amostra suficientemente rica", afirmou, lembrando dos feriados de segunda-feira nos Estados Unidos e Londres e de quinta-feira no Brasil, que também diminuem a liquidez.

"A principal preocupação é que os participantes do mercado tenham acesso às informações que eles necessitem sobre esses produtos. A gente está de portas abertas para ouvir a opinião deles."


Acompanhe tudo sobre:AçõesB3bolsas-de-valoresComércioComércio exteriorEmpresasEmpresas abertasservicos-financeiros

Mais de Mercados

Menos de 15% das empresas que fizeram IPO em 2021 superam a performance do Ibovespa

B3: estrangeiros retiram na Super Quarta metade do valor sacado no mês

Iene em alta e dólar em queda: por que a desvalorização da moeda americana deve se acelerar

Do campo à Faria Lima, dívida da Agrogalaxy passa de R$ 4,5 bilhões