(Ueslei Marcelino/Reuters)
Da Redação
Publicado em 19 de abril de 2016 às 05h40.
Última atualização em 23 de junho de 2017 às 19h34.
Já virou rotina. Há pelo menos uma semana, o dólar abre o dia em queda, o Banco Central (BC) intervém e a moeda termina o dia em alta ou perto da estabilidade. Na segunda-feira 18, o dólar subiu 2% e fechou o dia em 3,60 reais após nova intervenção.
Só em abril o BC já vendeu mais de 28 bilhões de dólares nesse esquema. Na prática, a medida equivale a comprar dólares no mercado futuro. As intervenções servem para evitar uma queda muito abrupta do dólar — o que prejudica a balança comercial — e ainda diminuir os estoques do banco.
“O dólar só vai recuar quando o estoque de swap do Banco Central acabar”, diz Pedro Paulo Silveira, economista-chefe da Nova Futura Corretora. Hoje, o BC ainda tem 72,5 bilhões de dólares em swaps.
A queda deve ser mais abrupta caso o atual vice-presidente Michel Temer venha a assumir o governo. Nesse caso, a perspectiva de mudanças econômicas deve atrair até 39 bilhões de dólares de investimentos de fora para o Brasil, segundo o banco BTG Pactual.
A expectativa é que a equipe econômica de um eventual governo Temer seja mais amigável ao mercado e faça menos intervenções no câmbio. Os mais otimistas estimam, que, após alguns meses de governo Temer, o dólar chegue a 3,20 reais.
“Mas, para que isso aconteça, um novo governo precisa apresentar medidas econômicas rápidas e favoráveis ao mercado”, diz Fernando Bergallo, diretor da FB Capital. Se Dilma continuar, não há muita dúvida: os 4 reais voltarão com tudo.
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