Mercados

Com política cambial do BC, títulos da Gol encerram alta

Os títulos da empresa, que está entre as mais vulneráveis à política cambial, subiram neste ano anteriormente quando o BC sustentou o real após ele ter caído em maio


	A taxa dos títulos da Gol em dólar com vencimento em 2020 subiu 0,05 ponto percentual nos últimos 30 dias, para 10,83 por cento
 (Divulgação)

A taxa dos títulos da Gol em dólar com vencimento em 2020 subiu 0,05 ponto percentual nos últimos 30 dias, para 10,83 por cento (Divulgação)

DR

Da Redação

Publicado em 23 de novembro de 2012 às 07h01.

São Paulo - A decisão do Banco Central de não tomar iniciativas para tirar o real da menor cotação em três anos e meio está colocando um fim à disparada dos títulos da Gol Linhas Aéreas Inteligentes SA, que tem cerca de metade de sua dívida denominada em dólares.

A taxa dos títulos da Gol em dólar com vencimento em 2020 subiu 0,05 ponto percentual nos últimos 30 dias, para 10,83 por cento. A taxa tinha caído 2,46 pontos percentuais desde 4 de junho, quando chegou ao nível máximo.

A alta segue uma queda de 3,5 por cento do real frente ao dólar, que fechou ontem em alta de 0,3 por cento, a R$ 2,1045, maior cotação desde maio de 2009.

O custo médio de captação para companhias aéreas nos EUA e Canadá caiu 0,11 ponto percentual este mês, para 6,83 por cento, de acordo com o Bank of America Corp.

A presidente Dilma Rousseff disse esta semana que a taxa de câmbio está supervalorizada, um sinal de que o BC pode tolerar maior depreciação do real para ajudar a firmar o crescimento em meio a piora do cenário econômico global.

Os títulos da Gol, que está entre as empresas brasileiras mais vulneráveis à política cambial, subiram neste ano anteriormente quando o BC sustentou o real após ele ter caído em maio.

“Uma mudança consistente na taxa de câmbio seria um receio para a Gol”, disse Rafaela Vitoria, analista da Standard & Poor’s em São Paulo, que cortou a nota de crédito da Gol em setembro pela segunda vez este ano.

“Estamos preocupados com os custos da empresa em geral. E isso aumenta as pressões de custos. Este ano tem sido realmente muito difícil para a Gol.”

O BC não quis fazer comentários sobre o impacto da política cambial sobre a Gol.

Acompanhe tudo sobre:AviaçãoB3Banco Centralbolsas-de-valorescompanhias-aereasEmpresasEmpresas brasileirasGol Linhas AéreasMercado financeiroServiçosSetor de transporte

Mais de Mercados

Escândalo de suborno nos EUA custa R$ 116 bilhões ao conglomerado Adani

Dividendos bilionários da Petrobras, pacote fiscal e cenário externo: assuntos que movem o mercado

Ação da Netflix tem potencial de subir até 13% com eventos ao vivo, diz BofA

BTG vê "ventos favoráveis" e volta recomendar compra da Klabin; ações sobem