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Com margens ruins, Azzas (AZZA3) lidera perdas do Ibovespa e cai 9%

Companhia conseguiu bom crescimento de vendas, mas rentabilidade e impactos de despesas por causa da fusão decepcionaram

Azzas: crescimento de receita foi bom, sim, mas a contração de margem foi bem pior,avaliam analistas (Azzas 2154/Divulgação)

Azzas: crescimento de receita foi bom, sim, mas a contração de margem foi bem pior,avaliam analistas (Azzas 2154/Divulgação)

Raquel Brandão
Raquel Brandão

Repórter Exame IN

Publicado em 12 de março de 2025 às 12h34.

Última atualização em 12 de março de 2025 às 14h12.

Na contramão dos papéis das varejistas, as ações da Azzas 2154 lideram as quedas do Ibovespa nesta quarta-feira, 12, após a divulgação do resultado do quarto trimestre.

Os papéis caíam 9%, por volta das 14h10, para R$ 24,04. Entre analistas de mercado, a percepção é de que o crescimento de receita foi bom, sim, mas a contração de margem foi bem pior.

O resultado geral ficou abaixo das estimativas do mercado. A margem bruta contraiu 0,6 ponto percentual, devido a liquidações de marcas descontinuadas e estoques da AR&CO. As despesas de venda e administrativas ficaram 2% mais altas.

"O crescimento foi forte das vendas no quarto trimestre, mas a margem decepcionou devido a ajustes contínuos e apoio às marcas", observou o time dol Goldman Sachs.  A queima de caixa também foi um ponto de atenção para João Soares, do Citi,

Para a equipe do Safra, o trimestre foi negativo para a Azzas 2154, "com a rentabilidade recorrente fortemente pressionada pelos esforços para normalizar os estoques, além de grandes perdas no EBITDA contábil e nos lucros, impulsionadas pela fusão com a Soma.". O destaque do trimestre foi o desempenho da receita, que esteve em linha com as expectativas do banco.

A Azzas continua apresentando crescimento de dois dígitos em quase todas as unidades de negócio e o ano de 2025  começou com leituras positivas de sell-in, uma notícia positiva. A empresa espera aumentar a eficiência e a alavancagem operacional ao longo do ano, observam os analistas do Safra, que mantiveram a recomendação de compra para o papel dada a "avaliação atrativa" de 6,8 vezes preço/lucro.

"No entanto, ainda falta um catalisador de curto prazo devido à incerteza sobre quando a fusão começará a gerar sinergias e impactar positivamente as margens", ponderam a equipe do banco.

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