São Paulo - A Bovespa seguia com o seu principal índice abaixo dos 48 mil pontos nesta segunda-feira, em sessão de perdas também em praças acionárias no exterior, enquanto monitoram o discurso do novo ministro da Fazenda, Joaquim Levy, na cerimônia de transmissão de cargo nesta tarde.

O viés negativo era guiado pelo declínio dos papéis da Petrobras , entre as maiores perdas do Ibovespa, com baixas de mais de 6 por cento, com o declínio do petróleo reforçando a pressão vendedora dos papéis. Às 15h16, o Ibovespa caía 1,53 por cento, a 47.767 pontos. O volume financeiro da sessão estava em 4 bilhões de reais.

Em nota a clientes, o UBS disse que o sentimento negativo com a Petrobras continua, o que ainda deve pressionar as ações, e citou a divulgação do resultado do terceiro trimestre previsto para este mês e a crença em uma mudança de membros da diretoria (fora da alta cúpula) da empresa em meados de janeiro como principais catalisadores no curto prazo.

Os papéis da estatal perderam quase metade do peso no Ibovespa com o rebalanceamento da nova carteira, que vigora a partir desta segunda-feira até 30 de abril.

Em Brasília, Levy concentra as atenções, enquanto investidores aguardam reticentes mais detalhes sobre um amplamente esperado pacote de ajuste das contas públicas e medidas que apontem um cenário melhor para o crescimento e o controle da inflação no país. "Com o cenário macroeconômico ainda desafiador, e sem muita visibilidade com relação às medidas que o governo vai tomar --e qual a direção vai seguir--, nossa cabeça não mudou muito e seguimos cautelosos com Brasil", disse o BTG Pactual em nota a clientes, acompanhando a estratégia de ações para janeiro.

Papéis de bancos reverteram as perdas iniciais e figuravam entre as poucas altas do índice, com Itaú em alta de 1,06 por cento e Bradesco avançando 0,96 por cento.

Os ganhos, contudo, eram insuficientes para colocar o Ibovespa no azul, mesmo com a grande participação na carteira --os dois papéis juntos respondem por quase 20 por cento da composição.

Outra ação com relevante fatia do Ibovespa, Ambev ajudava a ofuscar a melhora dos bancos ao operar em baixa de 2,50 por cento.

O setor de educação seguia pesando negativamente, embora longe das mínimas da abertura, ainda reagindo a mudanças nas regras de programas voltados ao financiamento do ensino superior. No índice, Estácio recuava 4.72x por cento e Kroton declinava 5,14 por cento. Oi era outro destaque negativo, com as preferenciais entre as maiores quedas do Ibovespa. A companhia projetou lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda, na sigla em inglês) de rotina das operações no Brasil em 2015 de 7 bilhões a 7,4 bilhões de reais. As ações da administradora de shopping centers Multiplan , por sua vez, estreavam no Ibovespa com alta de 0,43 por cento.

No exterior, a queda em papéis do setor de energia e preocupações com a cena política na Grécia derrubaram os pregões na Europa, enquanto os pregões em Wall Street sofriam com papéis ligadas a commodities. O índice S&P 500 caía 1,58 por cento.

Veja as maiores baixas e as poucas altas do Ibovespa às 15h23: BAIXAS Ação Código Preço(R$) Variação PDG REALT ON 0,78 -7,14% PETROBRAS PN 8,78 -6,2% COSAN ON 26,13 -6,01% PETROBRAS ON 8,47 -5,89% ECORODOVIAS ON 10,04 -5,73% EVEN ON 4,97 -5,69% KROTON ON 14,03 -5,2% OI PN 8,01 -4,98% ALL AMER LAT ON 4,65 -4,91% ESTACIO PART ON 21,02 -4,67% ALTAS Ação Código Preço(R$) Variação MARCOPOLO PN 3,16 2,27% CYRELA REALT ON 10,66 2,01% ITAUSA PN 9,29 1,31% ITAUUNIBANCO PN 34,19 1,06% BRADESCO PN 34,63 1,02% DURATEX ON 7,75 0,91% MULTIPLAN ON 44,52 0,59% BRADESCO ON 34,34 0,5% CESP PNB 25,5 0,28% TRACTEBEL ON 32,68 0,21%