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Com janela inesperada, BB e Embraer captam US$1,25 bi no exterior

O banco estatal captou 750 milhões de dólares em bônus de Tier 2, pagando taxa de 6 por cento ao investidor

A forte demanda, que chegou perto dos 2 bilhões de dólares, fez a instituição revisar seu plano inicial (Fernando Lemos/VEJA Rio)

A forte demanda, que chegou perto dos 2 bilhões de dólares, fez a instituição revisar seu plano inicial (Fernando Lemos/VEJA Rio)

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Da Redação

Publicado em 12 de junho de 2012 às 22h31.

São Paulo  - A abertura de uma janela surpreendente, em meio à turbulência dos mercados, levou Banco do Brasil e Embraer a levantar mais de 1,2 bilhão de dólares em títulos de 10 anos no exterior.

O banco estatal captou 750 milhões de dólares em bônus de Tier 2, pagando taxa de 6 por cento ao investidor. A forte demanda, que chegou perto dos 2 bilhões de dólares, fez a instituição revisar seu plano inicial, de levantar 500 milhões de dólares.

"Nós vimos uma combinação que achamos que poderíamos aproveitar e estávamos preparados para isso", disse a jornalistas o diretor de Finanças do BB, José Maurício Pereira Coelho.

A conjunção positiva, segundo ele, incluiu a falta de ativos considerados de boa qualidade para os investidores instituiconais, que precisam alocar recursos.

Segundo ele, cerca de 48 por cento do montante foi alocado a fundos de investimentos, 24 por cento para private banking, 17 por cento para tesourarias, enquanto outros 5,6 por cento ficaram com seguradoras e fundos de pensão.

Por regiões, investidores da América do Norte tomaram metade dos papéis, enquanto o bloco formado por Europa, Oriente Médio e África absorveu 36 por cento da tranche.


Já a Embraer precificou 500 milhões de dólares a 5,15 por cento, informou a companhia na noite desta terça-feira.

De acordo com Coelho, a janela também foi facilitada após a divulgação de uma série de indicadores econômicos da China, no final de semana, que mostraram que a economia do país pode estar moderando a desaceleração. Além disso, o país cortou em 0,25 ponto porcentual a taxa básica de juros do mercado na quinta-feira, numa decisão inesperada.

Para o executivo do BB, a expectativa do mercado em relação à Grécia, que tem no domingo uma eleição cujo resultado pode selar a saída do país da zona do euro e precipitar o bloco numa crise ainda maior, pode ter levado alguns investidores a se antecipar, mas negou que o BB tenha antecipado os planos da captação por causa disso.

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