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Com IPO, XP terá quase o mesmo valor de mercado que o rival BTG

Enquanto a corretora passará a valer US$ 14,9 bilhões na abertura de capital, marcada para esta quarta (11), o BTG vale US$ 15,9 bilhões

XP: o IPO deve movimentar US$ 2,25 bilhões (Germano Lüders/Exame)

XP: o IPO deve movimentar US$ 2,25 bilhões (Germano Lüders/Exame)

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Natália Flach

Publicado em 10 de dezembro de 2019 às 21h23.

São Paulo - Com a oferta de ações a 27 dólares, a XP Investimentos passa a ter quase o mesmo valor de mercado que o BTG Pactual, banco com quem a corretora trava há meses uma disputa envolvendo agentes autônomos. Enquanto a XP passará a valer 14,9 bilhões de dólares na abertura de capital, marcada para esta quarta-feira (11), o BTG vale 15,9 bilhões de dólares, de acordo com levantamento da B3 de novembro.

A oferta de ações (IPO, na sigla em inglês) da XP atraiu muitos investidores, a ponto de os papéis serem precificados acima da faixa indicativa inicial, que ia de 22 dólares a 25 dólares. A demanda superou em 14 vezes o volume ofertado, o que significa que as ordens dos investidores ultrapassaram 30 bilhões de dólares. 

Considerando a colocação do lote adicional de ações, o IPO deve movimentar 2,25 bilhões de dólares. O objetivo da captação é o lançamento de novos serviços, como banco digital, pagamentos e seguros.

Fundada em 2001 como consultora financeira independente, a XP vem desafiando os maiores bancos tradicionais do Brasil. Com mais de 1,5 milhão de clientes, o XP tem 350 bilhões de reais sob custódia.

 

Esta é a segunda vez que o XP busca um IPO. Em 2017, a XP estava prestes a listar suas ações quando fechou um acordo com o Itaú Unibanco, que pagou 6,3 bilhões de reais em dinheiro e ações para comprar uma participação de 49,9% na empresa.

A XP obteve a maior avaliação de sempre de uma empresa brasileira em um IPO nos Estados Unidos. A avaliação equivale a 60 vezes seus ganhos em 2019, um múltiplo muito maior do que os corretores digitais pares nos Estados Unidos.

O IPO da XP ocorreu durante um ambiente difícil para novas listagens nos Estados Unidos, com uma série de empresas grandes como Uber, Lyft e da fabricante de bicicletas ergométricas Peloton sofrendo com a estreia na bolsa.

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