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Com giro fraco devido a furacão, juros ficam estáveis

Ao término da negociação normal na BM&F, a taxa do contrato futuro de juros com vencimento em janeiro de 2013


	Bovespa: o DI para janeiro de 2014 (88.710 contratos) marcava 7,34%, ante 7,33% na sexta-feira
 (Luciana Cavalcanti/Você S.A.)

Bovespa: o DI para janeiro de 2014 (88.710 contratos) marcava 7,34%, ante 7,33% na sexta-feira (Luciana Cavalcanti/Você S.A.)

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Da Redação

Publicado em 29 de outubro de 2012 às 20h58.

São Paulo - Em um dia de baixo volume de negócios, uma vez que a maioria dos mercados norte-americanos ficou fechada devido ao furacão Sandy, as taxas futuras de juros experimentaram leve viés de baixa na maior parte do dia, mas terminaram de lado. As preocupações com os estragos que o furacão possa trazer para a economia norte-americana, a revisão em baixa das projeções para a taxa Selic em 2013, contidas na pesquisa Focus, e a desaceleração da coleta de preços diária da Fundação Getulio Vargas (FGV) garantiram a leve queda da maior parte da sessão. O resultado primário do Governo Central aquém do esperado acabou em segundo plano.

Ao término da negociação normal na BM&F, a taxa do contrato futuro de juros com vencimento em janeiro de 2013 (190.215 contratos) estava em 7,11%, nivelada ao ajuste. Já o DI para janeiro de 2014 (88.710 contratos) marcava 7,34%, ante 7,33% na sexta-feira. Entre os vencimentos mais longos, o DI para janeiro de 2017 (36.925 contratos) estava em 8,48%, idêntico ao anterior, e o DI para janeiro de 2021 (935 contratos) marcava 9,10%, também igual ao ajuste.

Segundo um operador, o mercado acompanha as declarações dos diretores do Banco Central, que participam de evento em Porto Alegre. Por enquanto, nenhum deles disse algo relacionado à política monetária ou que altere o cenário já precificado pelos investidores.


O fraco resultado do Governo Central também acabou em segundo plano. O Tesouro Nacional informou que o superávit primário em setembro ficou em R$ 1,256 bilhão, levemente abaixo da mediana calculada pelo AE Projeções, de R$ 1,450 bilhão. O governo federal conseguiu realizar até setembro 56% da meta de superávit primário do Governo Central. A meta para o ano é de R$ 96,9 bilhões e o superávit acumulado até setembro, pela metodologia de cálculo utilizada pelo Tesouro Nacional, é de R$ 54,765 bilhões.

O secretário do Tesouro, Arno Augustin, afirmou, no entanto, que o governo continua trabalhando com o cumprimento da meta cheia e que os próximos resultados primários "serão bem fortes". "Nossa prioridade em 2012 é crescimento. Melhorar a economia. Ao optar pela economia, estamos dizendo que medidas de desoneração são necessárias", disse.

Mais cedo, o Banco Central informou que a sondagem Focus mostrou que a projeção para a taxa Selic foi reduzida de 8,00% para 7,75% em 2013, contemplando um aperto monetário mais leve no próximo ano, uma vez que a previsão para este ano foi mantida em 7,25%. A pesquisa mostrou ainda que a expectativa para o IPCA passou por leve ajuste de 5,44% para 5,45%, para 2012, e caiu de 5,42% para 5,40%, para 2013. E segundo um fonte que teve acesso à coleta diária da FGV, o IPCA desacelerou de 0,24% para 0,21% entre quinta-feira e sexta-feira. O grupo Alimentação e Bebidas perdeu ainda mais força, ao passar de 0,63% para 0,34% no período.

No exterior, a passagem do furacão Sandy pela Costa Leste dos EUA levou os pregões físicos a serem cancelados na Nasdaq, na New York Stock Exchange (Nyse) e na New York Mercantile Exchange (Nymex). As repercussões também foram sentidas na Europa, com queda de volume e dos preços das ações de seguradoras. No início desta tarde, a Associação da Indústria de Valores e dos Mercados Financeiros (Sifma, na sigla em inglês), grupo relacionado ao mercado norte-americano de bônus, recomendou o fechamento total do mercado de bônus dos EUA também na terça-feira.

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