Invest

Com dívida pesada, Espaçolaser quer captar até R$ 225 milhões com nova emissão de ações

Operação será aumento de capital privado, para acionistas em 2 de setembro; novo papel será vendido com desconto de 20%

Espaçolaser (Apex Studios/Divulgação)

Espaçolaser (Apex Studios/Divulgação)

GG

Guilherme Guilherme

Publicado em 31 de agosto de 2022 às 09h31.

Última atualização em 2 de setembro de 2022 às 09h48.

A Espaçolaser (ESPA3) quer melhorar o seu balanço e reduzir sua alavancagem financeira. A companhia decidiu, para isso, fazer um aumento de capital privado. Quer obter entre R$ 85 milhões e R$ 225 milhões com a operação. Nessa estrutura de capitalização, só podem comprar as novas ações que serão emitidas aqueles que já são acionistas da empresa. A data-base para definir quem são esses investidores ocorre na próxima sexta-feira, dia 2.

Para o aumento de capital, o conselho de administração aprovou a emissão de novas ações entre o mínimo de 44.270.834 e o máximo de 117.187.500. O montante final captado vai depender da adesão dos acionistas à operação. Para tornar a compra dos novos papéis atrativa, a empresa fixou um valor para eles abaixo da cotação de mercado: R$ 1,92, um desconto de 21% em relação ao fechamento de ontem.

O direito de preferência é de 0,48 a cada ação detida. O exercício desse direito poderá ser feito a partir de 5 de setembro, próxima segunda feira. Mas o prazo final se encerra em 3 de outubro.

O bloco formado pelos acionistas fundadores Ygor Alessandro de Moura, Paulo José Iász de Morais, SMZXP Participações, Mafalda Hungria Bayam Veiga Pinto e Magnólia Fundo de Investimento, se comprometeu a exercer a totalidade de seus respectivos direitos de subscrição equivalente a 39,6% do capital social, que considera também cessão da totalidade dos direitos de preferência detidos por Tito Virgílio Augusto Veiga Pinto e por Maria Lucia Ataide Martins. É daí que vem o valor mínimo da captação.

Quem não acompanhar a emissão poderá ter sua fatia diluída entre um mínimo de 15,34% e um máximo de 32,42%, a depender do resultado final.

A operação, segundo a Espaçolaser, visa a desalavancagem da companhia, melhora da posição em caixa e fortalecimento da estrutura de capital. A empresa encerrou o segundo trimestre com dívida líquida de R$ 792,895 milhões, 4,23 vezes o Ebitda acumulado nos 12 meses anteriores.

A companhia fez sua oferta pública inicial (IPO) na B3 em janeiro de 2021, quando movimentou R$ 2,6 bilhões. Desse total, mais de R$ 1 bilhão foi recebido pelos fundadores e o restante foi para o caixa da empresa. A ação foi vendida, na ocasião, a R$ 17,90, que era o centro da faixa indicativa de preços. Na oferta, foi avaliada em R$ 4,4 bilhões. Ontem, encerrou o dia na bolsa valendo R$ 586 milhões.

Acompanhe tudo sobre:Açõesbolsas-de-valoresEspaçolaser

Mais de Invest

ETFs de Bitcoin abrem caminho para investidores institucionais no mercado cripto

Vibra lidera baixas do Ibovespa com rumores de retorno da Petrobras ao varejo

CEOs de Wall Street alertam para impacto das tarifas na inflação e na economia dos EUA

Bolsa Família de julho: pagamento começa nesta sexta-feira; veja calendário