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Com disparada de 430% em 12 meses: o esperar das ações do Banco Inter?

Para Cristiano Pinelli, sócio da Rio Gestão, os papéis podem não estar tão baratos, mas seguem como oportunidade diante de avenidas de crescimento

Mesmo com a disparada das ações, a Rio Gestão ainda vê espaço para a valorização do Inter | Foto: Inter/Divulgação (Inter/Divulgação)

Mesmo com a disparada das ações, a Rio Gestão ainda vê espaço para a valorização do Inter | Foto: Inter/Divulgação (Inter/Divulgação)

PB

Paula Barra

Publicado em 7 de julho de 2021 às 21h11.

Última atualização em 8 de julho de 2021 às 00h25.

Apesar da alta de 430% nos últimos 12 meses, os papéis do Inter (BIDI11) ainda têm espaço para subir, avalia Cristiano Pinelli, sócio e fundador da Rio Gestão. Para ele, os ativos podem não estar mais tão baratos em Bolsa, mas, diante das avenidas de crescimento, seguem como uma oportunidade no mercado.

"Desde o IPO do Inter para cá, muita coisa mudou. O banco saiu de 1 milhão de clientes [em 2018] para mais de 12 milhões e está entrando agora na economia real, com a área de marketplace, que será aberta em breve para não correntistas", disse Pinelli no programa Examinando a Bolsa, da EXAME Invest, desta quarta-feira, 7.

"Apesar dos preços [dos papéis] relativamente altos, ainda acreditamos que tem muita coisa para acontecer. É até difícil acompanhar. Todo dia tem um evento novo. Nossa impressão é que o Inter não está caro e ainda segue como uma boa opção de investimento para os próximos anos", afirmou o gestor. Atualmente, os papéis BIDI11 representam a maior posição do fundo de ações que o executivo administra na Rio Gestão.

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Com a plataforma de vendas Inter Shop, o banco visa aumentar o número de clientes em sua plataforma, além de oferecer outras funcionalidades como crédito – apontado por Pinelli como outra via de expansão.

Depois de levantar há duas semanas 5,5 bilhões de reais em uma oferta subsequente de ações – dos quais 2,5 bilhões de reais vindos da companhia de meios de pagamentos Stone –, o Inter está em busca de outros segmentos.

"O Inter está criando vários negócios, que vão desde telefonia e serviços financeiros a vendas de produtos. Tem muita coisa a ser feita ainda. É um negócio que se autoalimenta", comentou o gestor no programa.

Além disso, Pinelli avalia que os planos de internacionalização do banco, com a potencial listagem de ações na Nasdaq, como um potencial catalisador para os papéis, principalmente se o IPO do Nubank vier primeiro e tiver uma boa colocação.

"Acho que tem tudo para ter [uma boa colocação], como já estamos vendo com [o investimento de Warren] Buffett no banco", afirmou. No início do mês passado, o megainvestidor americano investiu 500 milhões de dólares no Nubank por meio da sua holding Berkshire Hathaway, em rodada que avaliou o banco em 30 bilhões de dólares.

Mas, apesar do otimismo, o gestor frisou que é preciso ter pés no chão. "Essa é uma ação de crescimento, não é um papel de transmissão de energia [considerado como defensivo]. Por isso, [o investidor] tem que acertar o tamanho da posição, para poder fazer essa travessia. O papel pode não estar mais tão barato, mas é porque ainda tem muita coisa para acontecer", comentou.

O Examinando a Bolsa é transmitido ao vivo de segunda a sexta-feira, às 17h30, no Instagram e no Youtube da EXAME Invest

Veja abaixo a edição completa desta quarta-feira:

https://www.instagram.com/p/CRCp3QRhzBg/

Acompanhe tudo sobre:Açõesbanco-interFintechsIbovespa

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