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Com derrota do governo, Bolsa opera em forte queda e dólar sobe

Analistas destacaram que a decisão da Câmara foi um que o recado dado pelo Congresso ao governo Bolsonaro

Mercado: derrota do governo é fruto da crise entre Rodrigo Maia e Jair Bolsonaro (Adriano Machado/Reuters)

Mercado: derrota do governo é fruto da crise entre Rodrigo Maia e Jair Bolsonaro (Adriano Machado/Reuters)

Karla Mamona

Karla Mamona

Publicado em 27 de março de 2019 às 10h38.

Última atualização em 27 de março de 2019 às 12h28.

São Paulo - O Ibovespa, principal indicador da bolsa brasileira, ampliou as perdas na manhã desta quarta-feira. Por volta das 12h30, o índice caía 2,31% marcando na casa dos 93 mil pontos. Já o dólar registrava valorização de 2,10% sendo vendido na casa dos R$ 3,94. 

Ontem à noite, a Câmara dos Deputados aprovou a proposta de emenda à Constituição (PEC) que obriga o governo federal a executar todos os investimentos previstos no Orçamento.

Em nota enviado aos clientes, a Necton Corretora destacou que a PEC votada ontem reduz a margem de manobra do governo com o orçamento, aumentando os gastos obrigatórios, na contramão da necessidade de ajuste fiscal. Para a corretora, a medida foi um recado dos parlamentares ao presidente Jair Bolsonaro.

Para a XP Investimentos, a derrota do governo é  fruto da crise entre Rodrigo Maia e Jair Bolsonaro que teve seu auge no último final de semana. E destacou ainda que boa parte do mau humor do Congresso é resultado da desistência do ministro da Economia, Paulo Guedes, de falar na Comissão de Constituição e Justiça sobre a reforma da Previdência. O ministro afirmou que só irá comparecer após a definição do relator da PEC da Previdência, o que deve ocorrer somente na próxima semana.

Já a Coinvalores afirmou que cenário de longo prazo não se alterou de forma substancial, entretanto o nível de ruído durante o processo de aprovação da reforma da previdência não está sendo pequeno, o que deve manter o índice bastante volátil nesse meio tempo.

 

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