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Com BRF e Petrobras, Bovespa garante 2ª alta seguida

Índice subiu 0,83%, destoando das bolsas norte-americanas em novo dia de baixo volume de negócios


	Telão da Bovespa: giro financeiro do pregão foi mais uma vez reduzido, de R$ 5 bilhões
 (Alexandre Battibugli/EXAME)

Telão da Bovespa: giro financeiro do pregão foi mais uma vez reduzido, de R$ 5 bilhões (Alexandre Battibugli/EXAME)

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Da Redação

Publicado em 3 de junho de 2014 às 17h48.

São Paulo - O avanço das ações da Petrobras e da BRF ajudou a garantir a segunda alta consecutiva ao Ibovespa nesta terça-feira, quando o índice destoou das bolsas norte-americanas em novo dia de baixo volume de negócios.

O Ibovespa subiu 0,83 por cento, a 52.032 pontos. O giro financeiro do pregão foi mais uma vez reduzido, de 5 bilhões de reais, ante média diária de 6,6 bilhões de reais em 2014.

"O mercado está com volume fraco ultimamente, já entrando no clima de Copa do Mundo", disse o operador Pedro Arantes, da corretora BGC Liquidez.

As ações da Petrobras ofuscaram o desempenho negativo da Vale e subiram quase 2 por cento, antes de nova pesquisa do Datafolha sobre as eleições de outubro registrada no site do Tribunal Superior Eleitoral, que pode ser divulgada nessa semana.

As expectativas sobre mudanças políticas com a eleição têm mexido nas ações de estatais.

As ações da empresa de alimentos BRF também puxaram o Ibovespa para cima, com alta de 3,29 por cento, uma vez que o Goldman Sachs elevou a recomendação do papel de "neutra" para "compra" e o preço-alvo de 51 para 57 reais.

"A melhora da recomendação acaba influenciando outros papéis do setor, como Marfrig", disse o operador Luiz Roberto Monteiro, da Renascença DTVM.

A ação da Marfrig fechou em alta de 4 por cento, maior valorização do índice. O papel teve a alta mais expressiva do Ibovespa em maio, em um momento em que o mercado tem elogiado iniciativas da empresa para reduzir a alavancagem.

Já a Vale fechou no vermelho apesar de novos dados dos setores industrial e de serviços da China do HSBC terem apontado as melhores performances em vários meses em maio.

Os indicadores não chegaram a animar o mercado, uma vez que a indústria permaneceu em retração e o resultado final veio abaixo dos números preliminares.

O Índice de Gerentes de Compras (PMI, na sigla em inglês) industrial subiu para 49,4 em maio, ante 48,1 em abril, mas números preliminares haviam sugerido avanço maior, para 49,7.

A ação da processadora de carnes JBS teve a maior baixa, de 2,34 por cento, depois da Pilgrim's Pride, divisão de aves da JBS nos Estados Unidos, elevar para 55 dólares por ação em dinheiro sua oferta pela Hillshire Brands.

Investidores temem uma guerra de ofertas da Pilgrim's com a Tyson Foods, após esta ter superado oferta anterior da empresa da JBS de 45 dólares por ação.

"Classificamos como negativa a entrada da JBS na 'briga' pela Hillshire, pois não sabemos onde ela pode terminar", disseram analistas da XP Investimentos.

A construtora e incorporadora MRV Engenharia também despontou entre as maiores altas, depois do Conselho de Administração da empresa aprovar novo programa de recompra, de até 20 milhões de ações.

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