EXAME.com (EXAME.com)
Da Redação
Publicado em 25 de abril de 2011 às 18h19.
São Paulo - Variações contidas e fraco volume de negócios marcaram os mercados financeiros domésticos nesta segunda-feira, num dia em que temores inflacionários pressionaram as bolsas de valores norte-americanas.
No Brasil, os players do mercado de DI aproveitaram a volta do feriado prolongado para repercutir a elevação da Selic em 0,25 ponto percentual, para 12,00 por cento ao ano, ocorrida na última quarta-feira. As taxas mais curtas recuaram, enquanto as longos ajustaram para cima.
Os agentes também digeriram nova piora na previsão de inflação neste ano, de acordo com o Focus. A estimativa subiu para 6,34 por cento, ante 6,29 por cento na semana anterior.
Para 2012, ela se manteve em 5 por cento [ID:nN25188611].
A inflação esteve na pauta também no exterior. O mercado teme que a recente escalada nos preços do petróleo reduza os lucros de empresas, prejudicando assim a recuperação econômica global. Mais cedo, o barril do óleo negociado nos Estados Unidos atingira nova máxima desde setembro de 2008, mas terminou praticamente estável.
Os índices Dow Jones e Standard and Poor's 500 da Bolsa de Nova York recuaram cerca de 0,2 por cento, em meio ao menor volume do ano. Os pregões europeus não abriram devido a um feriado na região.
A expectativa antes da reunião de política monetária do Federal Reserve --a ocorrer nos dias 26 e 27-- manteve investidores cautelosos, deixando o dólar praticamente estável ante o real e uma cesta de divisas <.DXY>. A Bovespa acompanhou a fraqueza de seus pares norte-americanos e fechou em leve queda, também em meio a um volume abaixo da média.
No plano corporativo local, a CSN aumentou sua participação na rival Usiminas na quarta-feira passada, ultrapassando 10 por cento das ações com direito a voto da maior produtora de aços planos do país [ID:nN25248902].
Na terça-feira, investidores avaliarão os números referentes às contas externas de março, que devem incluir dados de fluxo cambial e posição à vista de bancos. O relatório tem divulgação prevista para as 10h30.
Também o Tesouro Nacional divulga o resultado primário do governo central do mês passado. Logo depois, o secretário Arno Augustin comentará o relatório no auditório do edifício sede do Ministério da Fazenda.
Veja a variação dos principais mercados nesta segunda-feira: CÂMBIO O dólar terminou a 1,573 real, em alta de 0,13 por cento frente ao fechamento anterior.
BOVESPA <.BVSP> O Ibovespa caiu 0,13 por cento, para 66.972 pontos. O volume financeiro na bolsa foi de 4,09 bilhões de reais.
ADRs BRASILEIROS <.BR20> O índice dos principais ADRs brasileiros recuou 0,32 por cento, a 38.202 pontos.
JUROS <0#2DIJ:> No call das 16h, o DI janeiro de 2012 apontava 12,29 por cento ao ano, ante 12,23 por cento no ajuste anterior.
EURO A moeda comum europeia era cotada a 1,4577 dólar, ante 1,4555 dólar no fechamento anterior nas operações norte-americanas.
GLOBAL 40 O título de referência dos mercados emergentes, o Global 40, cedia a 134,938 por cento do valor de face, oferecendo rendimento de 2,403 por cento ao ano.
RISCO-PAÍS <11EMJ> O risco Brasil subia 5 pontos, para 181 pontos-básicos. O EMBI+ avançava 4 pontos, a 269 pontos-básicos.
BOLSAS DOS EUA O índice Dow Jones <.DJI> recuou 0,21 por cento, a 12.479 pontos; o S&P 500 <.SPX> caiu 0,16 por cento, a 1.335 pontos, e o Nasdaq <.IXIC> subiu 0,20 por cento, a 2.825 pontos.
PETRÓLEO Na Nymex, o contrato de petróleo de vencimento mais próximo terminou praticamente estável, a 112,28 dólares por barril.
TREASURIES DE 10 ANOS O preço dos títulos do Tesouro norte-americano de 10 anos, referência do mercado, subia, oferecendo rendimento de 3,3665 por cento ante 3,395 por cento no fechamento anterior.