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Com alta de 2000%, Mundial é destaque no pregão; Ibovespa mostra fraqueza

Papéis da HRT caem com entrada da TNK-BP nos 21 blocos localizados na Bacia de Solimões

Ibovespa registra queda de 14% em 2011 (Germano Lüders/EXAME)

Ibovespa registra queda de 14% em 2011 (Germano Lüders/EXAME)

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Da Redação

Publicado em 18 de julho de 2011 às 12h54.

São Paulo – O clima de aversão ao risco persiste nos mercados nesta semana. O Ibovespa opera no terreno negativo nesta segunda-feira (18) e na mínima desta sessão registrava perdas de 1%, aos 58.869 pontos. No cenário doméstico, o mercado financeiro manteve a projeção para a inflação em 2011 e 2012, segundo o boletim Focus, divulgado hoje pelo Banco Central (BC).

De acordo com a pesquisa, a expectativa para a inflação oficial neste ano ficou em 6,31%, em um patamar distante do centro da meta de inflação, que é de 4,50%. A meta tem margem de tolerância de dois pontos porcentuais para cima ou para baixo. A projeção para a inflação em 2012 foi mantida em 5,20%.

Os contratos futuros de petróleo operam em queda, enquanto a crise de dívida europeia faz o dólar a se fortalecer diante do euro. Os testes de estresse com bancos da Europa foram considerados por alguns como muito lenientes. Além disso, há expectativas com relação à cúpula de líderes da zona do euro marcada para quinta-feira.

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Mundial

Ganhando cada vez mais os holofotes do mercado, as ações preferenciais da Mundial (MNDL4) operam mais uma vez em forte alta. Na máxima do dia os papéis registravam ganhos de 11%, vendidos a 4,20 reais. Nos últimos 12 meses, as ações da Mundial registram valorização de quase 2000%.

A empresa irá receber 50 milhões de dólares de um fundo gerido pela americana Yorkville Advisors em um período de até dois anos por meio de várias emissões de ações, explica a empresa por meio de comunicado publicado na CVM (Comissão de Valores Mobiliários) nesta segunda-feira (18).

A informação havia sido antecipada pelo blog Blue Chips de EXAME.com. Segundo a empresa, o aporte irá "fortalecer sua base acionária além de promover a dispersão". O valor das ações a serem adquiridas não foi revelado. O cálculo será feito a cada tranche realizada durante o período de acordo.

HRT

A HRT (HRTP3) informou, nesta segunda-feira (18/7), que a TNK-BP fechou acordo com a Petra Energia e adquiriu o direito de explorar 21 blocos localizados na Bacia de Solimões. As ações ordinárias da HRT operam no vermelho nesta segunda-feira; na mínima a desvalorização chegava a 5,8%, com ativos vendidos a 1.482,50 reais.

Os blocos de exploração de petróleo e gás são controlados pela HRT. Segundo o acordo assinado, valor da transação dependerá do futuro desempenho dos ativos. A HRT permanecerá como operadora do projeto, tendo a BP uma participação mais ativa durante os períodos de desenvolvimento e produção.

De acordo com comunicado, O fechamento da transação dependerá do acordo final entre TNK-BP e HRT no que diz respeito às operações, da aprovação dos Conselhos de Administração da TNK-BP e da HRT, bem como da aprovação pelas autoridades reguladoras brasileiras.

Copel

As ações da Copel (CPLE6) operam em queda neste pregão. A mínina atingia 1,1%, ao preço de 39,25 reais. Os investidores repercutem hoje a notícia de que a Companhia Paranaense de Energia tem plano de aumentar sua capacidade instalada para geração de energia em até 44% até 2015, segundo o planejamento estratégico da empresa para o período 2011-2015 enviado em comunicado à Comissão de Valores Mobiliários.

A Copel disse também que pretende investir até 500 milhões de reais em sistemas de transmissão este ano.

Minerva

O frigorífico Minerva (BEEF3) pretende usar parte dos 300 milhões de reais obtidos com a venda de debêntures conversíveis para a recompra de bônus de subscrição de ação.

A companhia vai alterar o prospecto preliminar da venda de debêntures para refletir o uso adicional dos recursos, segundo comunicado enviado à Comissão de Valores Mobiliários (CVM). O valor de mercado aproximado dos bônus de subscrição era de 10,2 milhões de reais em 12 de julho.

Nesta segunda-feira, as ações ordinárias da companhia operam em queda próxima dos 2%. Nos últimos 12 meses, a desvalorização dos ativos já chega a 19%.

BR Malls

Também no terreno das perdas neste pregão, as ações ordinárias da BR Mall (BRML3) também ganham destaque, com a desvalorização atingindo 2% na mínima.

As vendas nos shopping centers da companhia foram de R$ 3,7 bilhões no segundo trimestre, com aumento de 24%, segundo prévia divulgada hoje em comunicado. A empresa também informou aumento de 14,2% nos aluguéis da companhia em relação ao segundo trimestre de 2010 nas mesmas lojas.

De acordo com relatório obtido pela Bloomberg, a BR Malls Participações recebeu a recomendação de alocação acima da média de mercado (overweight) na nova cobertura do JPMorgan. O preço alvo por ação é de R$ 24.

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