(Divulgação)
Repórter de Mercados
Publicado em 4 de setembro de 2025 às 08h41.
O GPA (PCAR3) anunciou na quarta-feira, 3, a convocação de uma assembleia-geral extraordinária para o dia 6 de outubro. Na ocasião, o atual conselho de administração da companhia será destituído e novos membros serão eleitos, conforme pedido pela família Coelho Diniz, que se tornou a principal acionista da companhia.
Em documento, o Grupo Pão de Açúcar informa que a assembleia será “exclusivamente digital” e votará também se o conselho de administração da empresa permanecerá com nove membros.
No mês passado, o grupo havia informado que a família Coelho Diniz ampliou sua participação na empresa. Em fevereiro, a família comprou cerca de 5% das ações do GPA. Em maio, a fatia foi para 10%, avançando para 17,7% em junho e, no fim de agosto, chegou ao patamar atual de 24,6% e ultrapassou a participação do grupo francês Casino no capital da empresa.
A família Coelho Diniz é dona da rede de supermercados de mesmo nome e que conta, atualmente, com 22 lojas em cidades de Minas Gerais. . Já consolidada no mercado mineiro, ela encontrou no GPA a oportunidade para expandir nacionalmente.
Os acionistas querem ter mais representatividade no conselho de administração da companhia, um movimento considerado natural, dado o aumento de participação da família no capital da GPA.
Apesar do mesmo sobrenome, eles não têm parentesco com o antigo controlador do GPA, Abilio Diniz.
Desde maio deste ano, André Luiz Coelho Diniz atua como membro independente do colegiado, com mandato até agosto de 2027.
Atualmente, o board do GPA conta com nove membros, sendo cinco deles independentes. Entre eles, Edison Ticle, CFO do Minerva, Sebastian Dario Los, ex-presidente do Cencosud Brasil e o investidor Rafael Ferri, que tem uma participação de mais de 5% na companhia.