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Coca-Cola supera previsões e minimiza impacto das tarifas de Trump — na contramão da PepsiCo

Com alta nas vendas em mercados como Brasil e Índia, gigante mantém projeção de crescimento para 2025 mesmo diante das tensões comerciais

Coca-Cola: empresa minimizou o impacto potencial que as tarifas podem ter sobre seus negócios (James Yarema/Unsplash)

Coca-Cola: empresa minimizou o impacto potencial que as tarifas podem ter sobre seus negócios (James Yarema/Unsplash)

Carolina Ingizza
Carolina Ingizza

Redatora na Exame

Publicado em 29 de abril de 2025 às 15h20.

As ações da gigante do setor de bebidas Coca-Cola (KO) sobem 1% depois que a companhia divulgou lucro acima do esperado e reafirmou sua projeção anual, apesar das incertezas macroeconômicas e dos efeitos das tarifas sobre importações, que classificou como “gerenciáveis”.

Ao contrário da rival PepsiCo, que reduziu sua projeção de lucro anual na semana passada citando o efeito das tarifas e a volatilidade econômica, a Coca-Cola manteve sua estimativa para 2025. A companhia projeta um crescimento de 5% a 6% na receita orgânica e avanço de 2% a 3% no lucro por ação comparável.

A empresa destacou que suas operações são “majoritariamente locais”, o que ajuda a mitigar impactos externos — embora reconheça que custos de insumos, como o alumínio, podem ser pressionados pelas tensões comerciais agravadas pelas tarifas impostas pela Casa Branca.

Vendas na Índia, China e Brasil

O lucro ajustado por ação ficou em US$ 0,73 no primeiro trimestre, superando levemente os US$ 0,72 esperados por analistas consultados pela FactSet. A receita líquida caiu 2%, para US$ 11,13 bilhões, pressionada por efeitos cambiais e pela reestruturação das operações de engarrafamento — número ligeiramente abaixo da projeção de US$ 11,16 bilhões.

A receita orgânica da companhia, que exclui variações cambiais, aquisições e desinvestimentos, cresceu 6% no período, impulsionada por aumentos de preços. O volume de vendas em unidades teve alta de 2%, com destaque para os mercados de Índia, China e Brasil.

Entre os destaques por categoria, o refrigerante Coca-Cola Zero registrou avanço de 14% no volume, enquanto o portfólio de sucos, laticínios e bebidas vegetais subiu 1%. A divisão de águas, cafés, chás e bebidas esportivas também cresceu 2%, puxada pela demanda por água; já os segmentos de café e isotônicos recuaram, e o de chás ficou estável.

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