Mercados

Cobre opera em baixa, com queda do petróleo

Perto das 11h (de Brasília), o contrato de cobre para três meses caía 1%, a US$ 4.583,50 a tonelada na London Metal Exchange (LME)


	Cobre: perto das 11h, o contrato de cobre para três meses caía 1%, a US$ 4.583,50 a tonelada na London Metal Exchange (LME)
 (Ariel Marinkovic/AFP)

Cobre: perto das 11h, o contrato de cobre para três meses caía 1%, a US$ 4.583,50 a tonelada na London Metal Exchange (LME) (Ariel Marinkovic/AFP)

DR

Da Redação

Publicado em 8 de fevereiro de 2016 às 11h34.

Londres - Os contratos futuros de cobre operam em queda nesta segunda-feira, com um apetite baixo por risco entre investidores, o que leva à realização de lucros após altas recentes.

O nervosismo se traduziu em fraqueza no petróleo, o que prejudica as ações globais e também os metais básicos.

Perto das 11h (de Brasília), o contrato de cobre para três meses caía 1%, a US$ 4.583,50 a tonelada na London Metal Exchange (LME), após atingir mais cedo a mínima em três dias, a US$ 4.579 a tonelada.

Às 11h15, o cobre para março recuava 1,02%, a US$ 2,0815 a libra-peso, na Comex, divisão de metais da New York Mercantile Exchange (Nymex).

"Eu acho que se pode dizer que há certa fuga do risco no momento, porque os mercados de ações europeus recuam significativamente, os preços do petróleo estão em queda e eu acho que há impactos negativos vindos desses dois lados", disse Daniel Briesemann, analista de commodities do Commerzbank.

Os preços do petróleo tipo Brent recuam mais de 9% neste ano, em meio ao excesso de oferta e aos temores com a desaceleração no crescimento mundial.

A queda no preço do petróleo também afeta os metais usados na indústria, porque os investidores muitas vezes compram e vendem commodities como o cobre e o petróleo como parte de uma cesta ou um índice, portanto movimentações fortes em um mercado podem causar impacto no outro.

Além disso, há realização de lucros após o rali da semana passada.

O preço do níquel recuou abaixo de US$ 8 mil a tonelada, para a mínima em 12 anos e meio, em US$ 7.900 a tonelada, após dados do instituto de pesquisa estatal chinês Antaike mostrarem a demanda mais fraca pelo metal.

Segundo nota do Commerzbank, a produção de níquel inoxidável na China caiu 7,2% no mês em dezembro, para a mínima em três meses, em 1,49 milhão de toneladas.

Há ainda a preocupação de que cortes na produção anunciados até agora sejam insuficientes para gerar uma reação clara no mercado de níquel. O diretor de pesquisa e estratégia em metais do Citigroup, David Wilson, afirmou que há muito níquel no mercado e que não houve cortes suficientes na oferta. O níquel para três meses recuava 1%, a US$ 8.075 a tonelada.

Nesta semana, os mercados de metais podem ter dias de volatilidade, com os operadores sediados na China de folga pelo feriado do Ano Novo Lunar.

A China é o maior consumidor mundial de metais básicos. A ANZ Research acredita que os mercados podem permanecer "calmos", mas "suscetíveis à volatilidade".

Entre outros metais básicos na LME, o alumínio subia 0,2%, a US$ 1.502 a tonelada, o zinco tinha alta de 0,85%, a US$ 1.690 a tonelada, o chumbo avançava 0,1%, a US$ 1.771,50 a tonelada, e o estanho avançava 2,8%. Fonte: Dow Jones Newswires.

Acompanhe tudo sobre:Guia de AçõesMetaisrenda-variavel

Mais de Mercados

Por que a China não deveria estimular a economia, segundo Gavekal

Petrobras ganha R$ 24,2 bilhões em valor de mercado e lidera alta na B3

Raízen conversa com Petrobras sobre JV de etanol, diz Reuters; ação sobe 6%

Petrobras anuncia volta ao setor de etanol