Invest

Cinco assuntos quentes para o Brasil nesta semana

Veja os assuntos que devem marcar os próximos dias

Brasil: cinco assuntos quentes para a próxima semana (Leandro Fonseca/Exame)

Brasil: cinco assuntos quentes para a próxima semana (Leandro Fonseca/Exame)

B

Bloomberg

Publicado em 22 de agosto de 2022 às 07h21.

Última atualização em 22 de agosto de 2022 às 09h14.

Por Josue Leonel (Bloomberg)

Mercado acompanha fala de Jerome Powell em Jackson Hole na próxima semana em meio a apostas em um Fed agressivo. No Brasil, juros reagem ao IPCA-15, que deve mostrar deflação. Campanha eleitoral esquenta com entrevistas dos candidatos na Globo e início dos programas em rádio e TV. Veja os destaques:

Jackson Hole

Os investidores monitoram o simpósio anual do Fed em Jackson Hole, Wyoming, entre os dias 25 e 27 de agosto, para obter mais pistas sobre o caminho da política monetária americana. O presidente Jerome Powell falará no encontro na sexta-feira e pode reiterar mensagem hawkish, dizem as economistas Yelena Shulyatyeva and Eliza Winger, da Bloomberg Economics. Além de eventuais sinalizações do BC americano, mercados ainda poderão reagir a dados como o deflator PCE, PIB do 2º trimestre e pedidos de bens duráveis. Fora dos EUA, ata do BCE e dado de lucros industriais da China são destaques.

Deflação

O IBGE divulga na quarta-feira o IPCA-15 de agosto, que pode mostrar novo resultado negativo. “Os efeitos residuais dos cortes de impostos e as novas quedas de preço de combustíveis devem manter a deflação na leitura parcial de agosto. Apesar da deflação no índice geral, as medidas de núcleo e difusão devem seguir indicando uma inflação subjacente bastante elevada”, diz a economista Adriana Dupita, da Bloomberg Economics. Um dia antes, sai o IPC-S da 3ª quadrissemana do mês. Mercado monitora na segunda-feira as expectativas de inflação na pesquisa Focus, enquanto a curva de juros precifica fim do ciclo monetário. Confiança do consumidor sai na quinta-feira e contas externas, na sexta. Também na sexta, a Aneel divulga bandeira tarifária para setembro.

Candidatos na TV

A campanha eleitoral, que começou oficialmente na última terça-feira, esquenta na semana com entrevistas dos candidatos mais bem colocados nas pesquisas na TV Globo e com o início do horário eleitoral no rádio e TV. O presidente Jair Bolsonaro falará ao Jornal Nacional às 20:30 da próxima segunda-feira. Em seguida, serão entrevistados Ciro Gomes, na terça, Luiz Inácio Lula da Silva, na quinta, e Simone Tebet, na sexta. A propaganda dos candidatos em rádio e TV começará na sexta-feira. Segundo o TSE, Lula terá o maior tempo, de 3 minutos e 39 segundos, enquanto Bolsonaro terá 2 minutos e 38 segundos.

Pesquisas eleitorais

A pesquisa BTG/FSB deve ser divulgada na próxima segunda-feira. A última sondagem do instituto, divulgada no dia 15, apontou Lula com 45% das intenções de voto, ante 34% de Bolsonaro. Os últimos números do Datafolha mostraram encolhimento da diferença entre os dois candidatos líderes, mas ainda com o petista significativamente à frente e com chances de vencer no 1º turno. O presidente Bolsonaro marcou jantar com empresários em São Paulo, no dia 23 de agosto, segundo o Globo.

Quer saber tudo sobre a corrida eleitoral? Assine a EXAME por menos de R$ 0,37/dia e fique por dentro.

Oi, gás e pré-sal

O fim da safra de balanços do 2º trimestre e o início oficial da campanha para a eleição presidencial podem ter aliviado o calendário corporativo, mas ainda deixaram a janela aberta para muitos negócios, como o leilão de venda de torres de telefonia fixa da Oi, na segunda-feira. No dia 24, a Vibra promove audiência pública sobre a venda da Companhia de Gás do Espírito Santo, da qual ela detém 49% das ordinárias. No mesmo dia, termina o prazo para entrega de documentos para participação das empresas interessadas no primeiro leilão de pré-sal pela oferta permanente.

Acompanhe tudo sobre:BrasilEleições

Mais de Invest

Banco Central anuncia leilão de linha com compromisso de recompra de até US$ 4 bilhões

Fila do INSS sobe e chega a quase 1,8 milhão; aumento em três meses é de 33%

Quanto rendem R$ 3 milhões na poupança por mês?

Renda fixa ou dividendos? Analista prefere ações mesmo com Selic a 11,25%