Invest

Cinco assuntos quentes para o Brasil nesta semana, depois do Carnaval

Fernando Haddad e Roberto Campos Neto vão ao G-20 e eventuais falas de Lula seguem no radar

Haddad: ministro vai, ao lado do presidente do BC, para encontro do G-20 (Fabio Rodrigues-Pozzebom/Agência Brasil)

Haddad: ministro vai, ao lado do presidente do BC, para encontro do G-20 (Fabio Rodrigues-Pozzebom/Agência Brasil)

Bloomberg
Bloomberg

Agência de notícias

Publicado em 21 de fevereiro de 2023 às 11h22.

Última atualização em 21 de fevereiro de 2023 às 11h27.

Semana começou com mercados locais fechados, além do feriado nos Estados Unidos na segunda-feira. Ativos domésticos só voltam a operar às 13h da próxima quarta-feira,22. Juros devem reagir ao IPCA-15, enquanto pesquisa Focus pode refletir efeito do debate sobre metas de inflação.

Fernando Haddad e Roberto Campos Neto vão ao G-20 e eventuais falas de Lula seguem no radar. Nos EUA, saem ata do Fed, PCE e revisão do PIB em meio à volatilidade com aumento das apostas em aperto.

Haddad e Campos Neto no G-20

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, e o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, devem participar na próxima semana do encontro de líderes globais do G-20, na Índia. Campos Neto, que estará afastado do BC dos dias 21 a 22, fará palestra em simpósio promovido pelo ministério indiano das Finanças, segundo DOU. Um dos temas do encontro das autoridades econômicas globais deverá ser a dívida de países menos desenvolvidos. 

Lula e o BC

O mercado mantém no radar eventuais novas falas do presidente Luiz Inácio Lula da Silva sobre o Banco Central, apesar do tom mais brando adotado em sua última entrevista, à CNN Brasil. Após a meta de inflação ter ficado fora da pauta do CMN, os investidores devem começar a direcionar o foco para os dois diretores do BC cujos mandatos terminam no dia 28, Bruno Serra e Paulo Souza. Atenção especial deve ser dada à substituição de Serra, que comanda a diretoria de política monetária, cujo papel é realçado diante da pressão do governo por juros menores. Serra já disse em eventos que poderia permanecer no cargo até a definição de um substituto.

IPCA-15 e Focus

Mercado avalia o IPCA-15 de fevereiro, que sai no dia 24, em meio à retomada da precificação de cortes da Selic ainda no 1º semestre. As projeções da pesquisa Focus, que serão divulgadas na quarta-feira, podem refletir o debate sobre meta de inflação e nível dos juros. Segundo Adriana Dupita, da Bloomberg Economics, as expectativas de inflação serão um indicador sobre se o movimento recente diminui ou alimenta as preocupações sobre possíveis mudanças nas metas. A B3 reinicia negociação de ações às 13:00 na quarta-feira de Cinzas.

Ata do Fomc

Fed divulga a ata de sua última reunião na quarta-feira, quando o mercado brasileiro estará retornando do feriado. Documento ganha importância especial após os dados recentes de inflação e discursos duros de dirigentes do BC americano, que levaram o mercado a elevar apostas em uma taxa terminal maior de juros. Depois de feriado na segunda-feira, agenda nos EUA poderá gerar volatilidade com nova leva de falas de membros do Fed e dados como o deflator PCE, PMIs e PIB. Próxima semana também marca um ano da guerra entre Rússia e Ucrânia.

Empresas x credores

Em uma semana de negociações reduzidas pelos feriados de Carnaval, o investidor segue atento às negociações entre Americanas (AMER3) e seus credores, assim como o desenrolar das conversas na Oi (OIBR3/OIBR4), CVC (CVCB3), Light (LIGT3) e, mais recentemente, Tok&Stok. Minerva (BEEF3) e Isa Cteep  (TRPL4) divulgam balanços trimestrais e a Méliuz reúne os acionistas para votar a proposta que desobriga o banco BV da “poison pill” na compra de fatia da companhia.

*Por Josué Leonel

Acompanhe tudo sobre:Fernando HaddadInvest MercadosJurosLuiz Inácio Lula da SilvaRoberto Campos Neto

Mais de Invest

10 dicas para escolher ações no exterior

B3: estrangeiros retiram na Super Quarta metade do valor sacado no mês

Iene em alta e dólar em queda: por que a desvalorização da moeda americana deve se acelerar

Do campo à Faria Lima, dívida da Agrogalaxy passa de R$ 4,5 bilhões