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Cielo sobe 10% após Cade revogar suspensão de acordo com Facebook

Serviço ainda precisa da aprovação do Banco Central para poder ser habilitado

Cielo: apesar da alta, ações da companhia figura entre as maiores quedas do ano (Paulo Fridman/Bloomberg)

Cielo: apesar da alta, ações da companhia figura entre as maiores quedas do ano (Paulo Fridman/Bloomberg)

GG

Guilherme Guilherme

Publicado em 1 de julho de 2020 às 11h49.

Última atualização em 1 de julho de 2020 às 12h09.

As ações da companhia de pagamentos Cielo chegaram a disparar 9,96%, nesta quarta-feira, 1, após o Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) revogar a medida cautelar que suspendia a parceria da empresa com o Facebook, que permitiria pagamentos por meio do aplicativo de mensagens Whatsapp. Às 11h45, a ação da Cielo subia 8,44%.

De acordo com o Cade, as empresas apresentaram informações suficientes para afastar as preocupações concorrenciais.

“A Superintendência Geral concluiu que a operação, em tese, possibilita a participação de outros agentes do setor, e que não há, por exemplo, limitações para que a Cielo preste seus serviços a concorrentes do Facebook que pretendam ofertar serviço semelhante. Também não haveria restrições a credenciadoras concorrentes para que forneçam ao Facebook os mesmos serviços prestados pela Cielo”, afirma o Cade em comunicado.

Na semana passada, a autarquia havia suspendido a parceria, alegando que a medida seria de “difícil criação ou replicação por concorrentes”.

Apesar da decisão do Cade, transferências e pagamentos por meio do Whatsapp ainda dependem da aprovação do Banco Central.

Na semana passada, o BC ordenou que as bandeiras Visa e Mastercard, que também fazem parte do acordo, suspendessem o serviço por “danos irreparáveis” ao Sistema de Pagamentos Brasileiro.

Para analistas da Guide, a revogação do Cade é apenas um “primeiro passo”. “O serviço só poderá ser iniciado quando o Banco Central aprovar. Porém, ainda não há nenhuma data ou sinalização de que isso ocorrerá em breve”, afirmaram em relatório.

No ano, as ações da Cielo acumulam queda de 40% e figuram entre as 10 maiores quedas. Como pano de fundo, estão o crescimento das fintechs, que aumenta a concorrência no mercado de meios de pagamento.

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