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Cielo (CIEL3) encerra negociação de ações na bolsa a partir de hoje

A decisão segue a aprovação pela CVM da conversão do registro de companhia aberta da Cielo da categoria “A” para a categoria “B”

CIEL3: papéis deixam de ser negociados na bolsa  (Cielo/Divulgação)

CIEL3: papéis deixam de ser negociados na bolsa (Cielo/Divulgação)

Rebecca Crepaldi
Rebecca Crepaldi

Repórter de finanças

Publicado em 27 de agosto de 2024 às 13h46.

A Cielo (CIEL3) oficializa seu processo de fechamento de capital nesta segunda-feira, 27, com as ações deixando de ser negociadas na B3. A decisão segue a aprovação pela Comissão de Valores Mobiliários (CVM) da conversão do registro de companhia aberta da Cielo da categoria “A” para a categoria “B”.

A empresa informou por meio de fato relevante divulgado na noite anterior, que os acionistas que ainda possuem ações podem vendê-las através de um pedido ao escriturador das ações, conforme os prazos e procedimentos estabelecidos no aviso divulgado no dia 14 de agosto de 2024.

Na segunda prévia da carteira teórica do Ibovespa, divulgada no dia 16 de agosto, a B3 já havia informado que os papéis CIEL3 não faziam mais parte do índice, já que não são mais negociadas no Novo Mercado.

Como foi o processo da OPA?

Os controladores da Cielo, o Banco do Brasil e o Bradesco, anunciaram a oferta pública de aquisição de ações (OPA) em fevereiro deste ano para encerrar as negociações da companhia na bolsa de valores. Entretanto, enfrentaram desafios em relação à preficicação.

A proposta inicial foi de R$ 5,35 por ação, mas foi mal-recebida entre os acionistas minoritários. Com a rejeição do novo laudo para formação de preço para a OPA, a oferta foi reajustada, posteriormente, para R$ 5,60.

No dia 14 de agosto, ocorreu o leilão das ações, em que os ofertantes adquiriram 736.857.044 ações, o correspondente a 27,1% do capital social da empresa. Com o ajuste pelo CDI acumulado, o valor unitário das ações foi de R$ 5,82, além dos proventos distribuídos pela companhia. No total, a oferta movimentou R$ 4,288 bilhões.

Já a liquidação do leilão ocorreu no dia 16 de agosto. Com a aquisição realizada, os ofertantes passarão a controlar, em conjunto, 93,4% do capital social da Cielo.

A OPA marcou a trajetória complicada da Cielo na bolsa. Além de operar sob um controle compartilhado, o que gera uma dinâmica mais complexa, também enfrentou um ambiente de negócios desafiador.

Nos últimos anos, a Cielo perdeu participação de mercado em meio ao aumento da concorrência no setor. A oferta foi, então, uma aposta no modelo integrado entre banco e adquirência, em que as margens apertadas dessa última atividade são compensadas pela oferta agregada e outros serviços para os estabelecimentos comerciais.

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