"Temos recomendado a Cielo como oportunidade de compra no curto prazo desde o início do ano, mas a melhoria operacional tem se mostrado ainda melhor do que esperávamos", afirmou o BTG em relatório.
As ações da Cielo acumulam 117% de valorização desde o início do ano, encerrando o último pregão cotadas a R$ 4,95. O papel acumula a maior alta entre os componentes do Ibovespa.
Analistas do BTG também aproveitaram o balanço trimestral para reajustar o preço-alvo para os papéis de R$ 5 para R$ 6, estendendo o potencial de alta (upside) para pouco mais de 20%.
Esta foi a segunda vez que o BTG revisou o preço-alvo das ações da Cielo no ano. A primeira foi em abril, antes do resultado do primeiro trimestre, quando o reajuste foi R$ 2,60 para R$ 4.
"Não olhe para trás, ainda há potencial de valorização para o papel", afirmaram os analistas em relatório. A partir dos números do segundo trimestre, o BTG atualizou a projeção de lucro da Cielo para 2022 em 16% e para 2023 em 20% para R$ 1,3 bilhão e R$ 1,6 bilhão.
A Cielo encerrou o primeiro semestre com lucro líquido de R$ 820 milhões, sendo R$ 635 milhões somente no segundo trimestre. O resultado foi o mais forte desde o quarto trimestre de 2018.
"Os resultados do segundo trimestre podem desencadear outra rodada de revisões de lucros nos próximos dias, e isso pode ser relevante. Acreditamos que há espaço para mais, apesar do forte desempenho [das ações] no acumulado do ano", disse o BTG. "As tendências parecem favoráveis para a Cielo para 2022/23, apesar da deterioração do cenário macroeconômica."
O lucro líquido recorrente da Cielo ficou em R$ 383,4 milhões, 112% acima do registrado no mesmo período do ano passado. Já a receita líquida saltou 33,7% para 2,540 bilhões de reais, sendo R$ 972,3 milhões pela Cateno e R$ 1,567 bilhão da Cielo Brasil.