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China pede que Alibaba se desfaça de ativos em empresas de mídia

Solicitação ocorre em meio à crescente preocupação de autoridades quanto à influência do gigante da tecnologia sobre a opinião pública no país

Sede do Alibaba Group  (Aly Song/File Photo/Reuters)

Sede do Alibaba Group (Aly Song/File Photo/Reuters)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 15 de março de 2021 às 18h16.

Última atualização em 15 de março de 2021 às 18h30.

O governo da China pediu ao Alibaba Group Holding para se desfazer de seus ativos de mídia, em meio à crescente preocupação de autoridades quanto à influência do gigante da tecnologia sobre a opinião pública no país, de acordo com fontes a par do assunto.

Discussões sobre a questão têm ocorrido desde o início deste ano depois que reguladores chineses revisaram uma lista de ativos de mídia de propriedade da empresa sediada em Hangzhou, cujo negócio principal é o varejo online.

As autoridades pediram à companhia que apresentasse um plano para reduzir substancialmente suas participações na mídia, disseram as pessoas.

Fundada pelo bilionário Jack Ma, o Alibaba montou ao longo dos anos um portfólio de ativos de mídia que abrangem veículos impressos e digitais, além de redes sociais e publicidade.

O grupo tem participação na plataforma Weibo, semelhante ao Twitter, e no jornal South China Morning Post, de Hong Kong.

Essa influência é vista como um sério desafio ao Partido Comunista Chinês e a seu poderoso sistema de propaganda, disseram as fontes. O departamento de propaganda do partido não respondeu a um pedido por fax pedindo comentários.

O Alibaba se recusou a comentar as discussões com os reguladores sobre possíveis alienações de ativos de mídia. Em nota, a empresa afirmou ser um investidor financeiro passivo em ativos de mídia.

"O objetivo de nossos investimentos nessas empresas é fornecer suporte de tecnologia para a atualização de seus negócios e gerar sinergias comerciais com nossos negócios comerciais principais. Não intervimos ou nos envolvemos nas operações diárias ou decisões editoriais das empresas", destacou a nota.

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