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China espalha aversão ao risco e Bovespa recua 1,99%

O Ibovespa fechou em baixa de 1,99%, aos 45.719,64 pontos, menor nível desde os 45.117,80 pontos de 17 de março do ano passado


	Bovespa: papéis importantes para o Ibovespa e vulneráveis a uma desaceleração da China recuaram
 (Paulo Fridman/Bloomberg)

Bovespa: papéis importantes para o Ibovespa e vulneráveis a uma desaceleração da China recuaram (Paulo Fridman/Bloomberg)

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Da Redação

Publicado em 21 de agosto de 2015 às 18h14.

São Paulo - Os dados negativos sobre a indústria chinesa, divulgados no início da sessão asiática, reforçaram nesta sexta-feira, 21, os temores com a desaceleração do país. Isso espalhou um movimento de venda de ações ao redor do mundo, que atingiu a Ásia, a Europa, os EUA e, inevitavelmente, o Brasil.

O Ibovespa - índice de referência da Bolsa brasileira - fechou em baixa de 1,99%, aos 45.719,64 pontos, menor nível desde os 45.117,80 pontos de 17 de março do ano passado.

Na semana, recuou 3,76% e, em agosto, já acumula perdas de 10,11%. Na máxima da sessão, marcou 46.649 pontos (estável) e, na mínima, atingiu 45.677 pontos (-2,08%). O giro financeiro totalizou R$ 5,470 bilhões.

Papéis importantes para o Ibovespa e vulneráveis a uma desaceleração da China recuaram: Vale ON cedeu 2,74% e o papel PNA da mineradora caiu 2,61%, enquanto Petrobras ON teve baixa de 5,06% e o PN cedeu 4,93%.

Muito em função da desaceleração chinesa, os preços do petróleo seguiram morro abaixo nesta sexta-feira, com o petróleo WTI chegando a ser negociado abaixo dos US$ 40 o barril - o que penalizou diretamente a Petrobras.

Como pano de fundo para o recuo das ações no Brasil, seguiram no radar os embates políticos em Brasília. Entre as notícias do dia, a possibilidade de o vice-presidente Michel Temer deixar o comando da articulação política do governo.

Já os dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) de julho, divulgados à tarde pelo Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), confirmaram a percepção de que a economia brasileira, de fato, vai mal.

Foram fechados 157.905 empregos formais no mês passado, mais do que as 140.000 vagas do piso das projeções do mercado.

Pela manhã, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) já havia divulgado um IPCA-15 de agosto de 0,43% - dentro do esperando, mas mostrando uma inflação acumulada de 9,57% em 12 meses.

No setor bancário, alguns papéis se recuperaram na segunda metade dos negócios, após notícia de que a base do governo admite a possibilidade de elevar a Contribuição sobre o Lucro Líquido dos Bancos (CSLL) de 15% para 20% - e não para 23%, como proposto pela senadora Gleisi Hoffmann (PT-PR), relatora da medida provisória 675.

A alíquota de 20% seria uma forma de evitar derrota na votação. No final, entretanto, apenas Itaú Unibanco seguiu em alta, de 0,23%. Banco do Brasil ON caiu 0,22%, Bradesco PN, 0,56%, e Santander unit, 1,12%.

Em Nova York, os principais índices de ações fecham com fortes perdas: O Dow Jones despencou 3,12%, aos 16.459,75 pontos, o S&P 500 recuou 3,19%, aos 1.970,89 pontos, e o Nasdaq teve baixa de 3,52%, aos 4.706,04 pontos.

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