Mercados

China anuncia suspensão de "circuit breaker" nas bolsas

A decisão ocorreu depois que o novo mecanismo, que entrou em funcionamento nesta mesma semana, causou o fechamento antecipado dos mercados em duas ocasiões


	Circuit Breaker: "Atualmente os efeitos negativos do mecanismo são maiores que os efeitos positivos"
 (REUTERS/Aly Song)

Circuit Breaker: "Atualmente os efeitos negativos do mecanismo são maiores que os efeitos positivos" (REUTERS/Aly Song)

DR

Da Redação

Publicado em 7 de janeiro de 2016 às 12h57.

Pequim - A China anunciou nesta quinta-feira a suspensão, a partir de amanhã, do mecanismo automático de suspensão das bolsas - o chamado "circuit breaker" - em caso de movimentos bruscos, informou a agência oficial "Xinhua".

A decisão ocorreu depois que o novo mecanismo, que entrou em funcionamento nesta mesma semana, causou o fechamento antecipado dos mercados em duas ocasiões, na segunda-feira e hoje, e que as turbulências afetaram bolsas de todo o mundo.

"Atualmente os efeitos negativos do mecanismo são maiores que os efeitos positivos. Portanto, a Comissão Reguladora do Bolsa de Valores da China decide suspender o mecanismo interruptor para manter a estabilidade do mercado", disse um porta-voz do órgão, Deng Ken, em comunicado.

O mecanismo entrou em vigor no primeiro pregão deste ano, dentro de uma série de medidas aplicadas pelas autoridades de Pequim para evitar as fortes quedas que aconteceram em 2015 e contagiaram os mercados mundiais.

Trata-se de um sistema que estabelece que, quando o índice conjunto CSI 300 (que reúne 300 valores cotados nas bolsas de Xangai e Shenzhen) cai ou sobe 5%, é feita uma parada automática de 15 minutos.

Se após o reinício os movimentos acentuados continuarem e houver uma variação de 7%, será suspenso o pregão até o dia seguinte.

Além da suspensão do mecanismo interruptor, outra medida anunciada anteriormente pela Comissão Reguladora da Bolsa de Valores da China (CRMV) para tentar estabilizar os mercados consiste em limitar a capacidade de venda de títulos dos grandes acionistas chineses a um máximo de 1% do total de ações de uma companhia.

Desta maneira, estes grandes acionistas (possuidores de 5% ou mais dos títulos de uma empresa) não poderão se desfazer de mais de 1% do total em um prazo de três meses e, além disso, são obrigados a anunciar ao mercado seus planos de fazê-lo com pelo menos 15 dias de antecedência.

Acompanhe tudo sobre:AçõesÁsiabolsas-de-valoresChinaPequim

Mais de Mercados

Menos de 15% das empresas que fizeram IPO em 2021 superam a performance do Ibovespa

B3: estrangeiros retiram na Super Quarta metade do valor sacado no mês

Iene em alta e dólar em queda: por que a desvalorização da moeda americana deve se acelerar

Do campo à Faria Lima, dívida da Agrogalaxy passa de R$ 4,5 bilhões