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Chance de Fed manter política deve puxar altas em NY

O Departamento de Trabalho divulgou nesta manhã o relatório de emprego de maio (também chamado de payroll), que mostrou a criação de 175 mil vagas


	Bolsa de Nova York: às 10h15 (de Brasília), o Dow Jones futuro subia 0,33%, o Nasdaq ganhava 0,46% e o S&P 500 tinha alta de 0,65%
 (AFP/Getty Images)

Bolsa de Nova York: às 10h15 (de Brasília), o Dow Jones futuro subia 0,33%, o Nasdaq ganhava 0,46% e o S&P 500 tinha alta de 0,65% (AFP/Getty Images)

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Da Redação

Publicado em 7 de junho de 2013 às 11h13.

Nova York - Os índices futuros apontam para uma abertura em alta das bolsas norte-americanas nesta sexta-feira. Os dados de criação de postos de trabalho de maio vieram acima do previsto, mas a taxa de desemprego subiu e a primeira leitura dos economistas é que os números não sugerem que o Federal Reserve vá mudar sua política monetária este mês.

Às 10h15 (de Brasília), o Dow Jones futuro subia 0,33%, o Nasdaq ganhava 0,46% e o S&P 500 tinha alta de 0,65%.

O Departamento de Trabalho divulgou nesta manhã o relatório de emprego de maio (também chamado de payroll), que mostrou a criação de 175 mil vagas. O consenso dos economistas era para o anúncio de 169 mil vagas, segundo a Dow Jones.

A taxa de desemprego subiu para 7,6%, ante expectativa de que ficasse estável em 7,5%. Além disso, o número de abril foi revisado para baixo, de 165 mil vagas para 149 mil.

Os números do payroll, que balizam a política monetária do Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano), não sugerem mudanças imediatas na política de compras de ativos na reunião deste mês do Comitê Federal de Mercado Aberto (Fomc, na sigla em inglês), diz o economista-chefe da Markit, Chris Williamson.

"A taxa de desemprego subiu, em abril foram criados menos postos que o inicialmente divulgado e os dados de maio sugerem uma economia ainda fraca", comentou Williamson em e-mail sobre as estatísticas desta sexta-feira.

"Os números de hoje não dão motivos para reduzir o ritmo de compras de ativos. Nossa avaliação é que o Fed vai provavelmente esperar mais alguns meses para ver se a taxa de desemprego se reduz e uma recuperação sustentável da economia está em marcha." No pré-mercado, os índices futuros que estavam no zero a zero engataram alta após o anúncio.


O HSBC prevê mais alguns meses de mercado de trabalho fraco e projeta que o Fed reduza o ritmo de compras mensais de ativos em dezembro. "A economia tem enviado sinais mistos e esperamos que o crescimento fraco persista", destacam os economistas do banco, Kevin Logan e Ryan Wang, em um relatório.

A previsão do HSBC é que as compras mensais do Fed baixem dos atuais US$ 85 bilhões para algo entre US$ 60 bilhões a US$ 55 bilhões a partir de dezembro. No segundo trimestre de 2014, o Fed faria nova redução, para a casa dos US$ 20 bilhões, até zerar as compras no final do próximo ano.

Ainda entre os indicadores, nesta sexta-feira saem dados de abril do crédito ao consumo. Os números serão divulgados às 16h (de Brasília). A expectativa dos economistas, segundo o jornal Barron's, é que o volume de empréstimos se recupere em relação a março e alcance US$ 13,5 bilhões, ante US$ 8 bilhões daquele mês.

No noticiário corporativo, a maior rede de supermercados e varejo dos EUA, o Walmart, faz nesta sexta-feira sua reunião anual, que deve reunir cerca de 14 mil pessoas em uma cidade no interior do Arkansas.

Além de todo o comando da rede e celebridades, a reunião pode ser marcada por protestos, já que os funcionários vêm fazendo greves e paralisações há algum tempo, pedindo salários mais altos e melhores benefícios, e prometeram se mobilizar para o encontro.

O Walmart é o maior empregador dos EUA. Também deve ser votada na reunião de hoje uma proposta que liga a compensação dos gerentes à disponibilidade de produtos nas prateleiras.

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