Mercados

Cetip prevê nova plataforma de renda fixa para antes de agosto

A companhia, que aposta na decolagem do mercado secundário de renda fixa privada no Brasil, estima estar com o projeto concluído para testes "bem antes" do fim de julho

A empresa também amortizou 185 milhões da dívida de 555 milhões de reais relativa aos vendedores da unidade GRV Solutions (Stock.xchng)

A empresa também amortizou 185 milhões da dívida de 555 milhões de reais relativa aos vendedores da unidade GRV Solutions (Stock.xchng)

DR

Da Redação

Publicado em 9 de março de 2012 às 17h23.

São Paulo - A Cetip, maior depositária de títulos de renda fixa do país, espera entregar sua nova plataforma de negócios com esses papéis antes do final de julho, num ano em que estima maiores despesas com novos projetos, afirmou o presidente da instituição, Luiz Fernando Fleury, nesta sexta-feira.

A companhia, que aposta na decolagem do mercado secundário de renda fixa privada no Brasil, estima estar com o projeto concluído para testes "bem antes" do fim de julho.

"Vamos entregar a plataforma de renda fixa e antes de 31 de julho esta plataforma estará disponível. Para testes, bem antes disso", disse Fleury em teleconferência com analistas, depois que a empresa divulgou na véspera lucro líquido mais de cinco vezes maior no quarto trimestre .O projeto se alia à entrada da companhia no setor imobiliário e está exigindo a contratação de mais pessoal. Segundo o diretor financeiro da Cetip, Francisco Carlos Gomes, "O ano de 2012 vai ser de semear. Não só na introdução da nova plataforma de trading, que nos obriga a contratar pessoas para conduzir e operar o projeto, como o projeto imobiliário, em que criamos um pequeno grupo de trabalho", afirmou o executivo.

"Durante 2012 não veremos um comportamento tão singelo das despesas quanto tivemos em 2011, mas não será um crescimento absurdo", acrescentou o executivo.


Em 2011, a linha de despesas operacionais ajustadas da Cetip atingiu 195 milhões de reais, 7,2 por cento acima do registrado em 2010.

Na teleconferência, Gomes comentou ainda que a Cetip avalia antecipar pagamento de dívidas para reduzir exposição a financiamentos mais caros. Em 2011, dos 900 milhões de reais em debêntures emitidas pela empresa, a empresa pré-pagou 100 milhões de reais.

A empresa também amortizou 185 milhões da dívida de 555 milhões de reais relativa aos vendedores da unidade GRV Solutions, de custódia de dados de financiamento de veículos.

Segundo Gomes, "ao longo do ano,vamos examinar a possibilidade de fazer alguma amortização parcial, dependendo da evolução das receitas e da geração de caixa".

O executivo afirmou que um nível de alavancagem financeira de longo prazo adequado para a Cetip seria um valor entre 1,8 bilhão e 2,7 bilhões de reais, correspondente a 20 a 30 por cento do valor de mercado dos ativos da empresa, cerca de 9 bilhões de reais.

Fleury comentou que o spread de 2 por cento que a companhia está pagando na dívida "certamente não reflete a qualidade do fluxo de caixa e da capacidade de prever as receitas da companhia".

Sobre um eventual programa de recompra de ações, Gomes comentou que a empresa prefere esperar um momento de maior liquidez, apesar da média diária de volume de negócios dos papeis da empresa ter disparado mais de 300 por cento em 2011. "Nós relutamos muito ainda com a ideia de recomprar ações para não prejudicar a liquidez de mercado", disse o executivo.

Ele lembrou que de acordo com os covenants das debêntures emitidas, o retorno a acionistas está restrito a 50 por cento do lucro, mas a partir de 2013 a empresa não terá mais essa restrição, se observar alguns parâmetros de serviço da dívida.

Acompanhe tudo sobre:aplicacoes-financeirasCetipEmpresasEmpresas americanasrenda-fixaservicos-financeiros

Mais de Mercados

BTG vê "ventos favoráveis" e volta recomendar compra da Klabin; ações sobem

Ibovespa fecha em queda e dólar bate R$ 5,81 após cancelamento de reunião sobre pacote fiscal

Donald Trump Jr. aposta na economia conservadora com novo fundo de investimento

Unilever desiste de vender divisão de sorvetes para fundos e aposta em spin-off