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Cetip espera ter clearing funcionando no segundo semestre

Segundo diretor da companhia, projeto deverá ampliar os negócios da Cetip, que hoje se concentram no mercado de balcão


	Operadores do mercado financeiro: diretor afirma que não é intenção da Cetip trabalhar com ações, mas somente com papéis de renda fixa e derivativos
 (Germano Lüders/EXAME.com)

Operadores do mercado financeiro: diretor afirma que não é intenção da Cetip trabalhar com ações, mas somente com papéis de renda fixa e derivativos (Germano Lüders/EXAME.com)

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Da Redação

Publicado em 22 de março de 2013 às 13h31.

São Paulo - A Cetip espera estar com sua central de liquidação (clearing) funcionando no segundo semestre deste ano. Segundo Carlos Ratto, diretor-executivo comercial da Cetip, a expectativa é de que o projeto da clearing seja aprovado nos próximos meses, permitindo a montagem da operação.

A clearing deverá ampliar os negócios da Cetip, que hoje se concentram no mercado de balcão. “Hoje, 90% dos negócios com derivativos no Brasil são feitos em bolsa, para 10% no balcão, por conta da clearing da BM&FBovespa”, diz Ratto. Lá fora, a situação é inversa, com a quase totalidade dos derivativos transitando no mercado de balcão, o que ajudou a desencadear a crise de 2008.

Isso ocorre no Brasil porque a clearing da bolsa oferece garantia para as operações em caso de quebra de uma das partes da negociação, o que não ocorre no mercado de balcão. “Bancos, por exemplo, quando fazem operações com fundos de investimentos independentes, preferem a bolsa pela garantia da clearing”, diz.

Ratto afirma também que não é intenção da Cetip trabalhar com ações, mas somente com papéis de renda fixa e derivativos, incluindo títulos públicos e privados, fundos, papéis ligados aos mercados imobiliário e agropecuário e Letras Financeiras. ‘Vamos oferecer serviços de pós-trade, ou seja, de registro dos dados da operação para entrega na Selic se forem títulos públicos ou na própria Cetip”, explica o diretor.

A Cetip oferecerá três tipos de operação, o registro bilateral, no qual cada parte da negociação se responsabiliza pela operação, a gestão colateral, em que os negociadores depositam garantias para operar valores maiores e o risco de clearing, no qual os negócios são garantidos pela central de liquidação.

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