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CEOs vendem R$ 5,8 bi em ações antes de mercado "desabar"

CEO do JPMorgan Chase começou a se desfazer dos papéis no final do mês passado

Índice Nasdaq teve nesta segunda-feira a maior queda desde setembro de 2022 (Divulgação / Getty Images)

Índice Nasdaq teve nesta segunda-feira a maior queda desde setembro de 2022 (Divulgação / Getty Images)

Luiz Anversa
Luiz Anversa

Repórter

Publicado em 11 de março de 2025 às 14h12.

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Enquanto o mercado derretia nesta segunda-feira, 10, alguns bilionários venderam ações de determinados setores diante da preocupação com uma possível crise mundial a partir do impacto da guerra de tarifas que se desenha com a política comercial de Donald Trump.

Entre os executivos que venderam US$ 834 milhões (R$ 5,8 bilhões) em ações estão Jamie Dimon, CEO do JPMorgan Chase e Mark Zuckerberg, CEO da Meta, de acordo com dados da The Washington Service.

Todas as vendas de ações foram realizadas por meio de planos de negociação 10b5-1, que permite aos executivos programarem suas vendas antecipadamente, protegendo-os de acusações de uso de informações privilegiadas, segundo a Fortune.

Dimon liderou o grupo em número de ações vendidas, liquidando mais de 866.361 papéis em aproximadamente US$ 233,7 milhões no final do mês passado. Essa transação aconteceu enquanto as ações do JPMorgan estavam em queda no mercado geral. Desde que Dimon vendeu as ações em 20 de fevereiro, o preço do papel caiu 14%. 

Zuckerberg

O CEO da Meta iniciou 2025 mantendo a tendência de vendas de ações do ano anterior. Entre os executivos que venderam ações recentemente, ele foi quem mais ganhou dinheiro.

Zuckerberg vendeu 431.858 ações por um total de US$ 307,2 milhões entre 3 e 21 de fevereiro. As vendas pré-arranjadas ocorreram depois que Zuckerberg liquidou mais de US$ 2,2 bilhões em ações no ano passado, de acordo com a Fortune. Embora as ações da Meta tenham atingido um recorde de US$ 728 em fevereiro, elas não ficaram imunes às turbulências do mercado. Desde que Zuckerberg vendeu seus papéis, o valor da empresa caiu 16%.

Segunda sangrenta

Nesta segunda-feira, as bolsas americanas fecharam em forte queda, dando sequência ao movimento de venda registrado na semana passada.

A queda foi puxada principalmente pelas Big Techs. O índice Nasdaq, que concentra as empresas de tecnologia, fechou em queda de 4%, depois de bater mínima por volta dos -5%, na maior queda registrada desde setembro de 2022.

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