Invest

CEO do Mercado Livre vende R$ 1 bilhão em ações após alta recorde

Marcos Galperin, cofundador da gigante de e-commerce, realiza a primeira venda de ações do ano após resultados trimestrais sólidos e valorização significativa no mercado

Marcos Galperin, cofundador e diretor executivo do Mercado Livre, vendeu o equivalente à R$ 1 bilhão em ações da companhia. (Mercado Livre/Divulgação)

Marcos Galperin, cofundador e diretor executivo do Mercado Livre, vendeu o equivalente à R$ 1 bilhão em ações da companhia. (Mercado Livre/Divulgação)

Fernando Olivieri
Fernando Olivieri

Redator na Exame

Publicado em 15 de agosto de 2024 às 07h25.

Marcos Galperin, cofundador e diretor executivo do Mercado Livre, uma das maiores empresas de comércio eletrônico e pagamentos da América Latina, realizou uma venda significativa de ações após a recente valorização da empresa no mercado financeiro. Na última terça-feira, 13, o fundo Meliga No. 1 Limited Partnership, que faz parte do fundo fiduciário de Galperin, vendeu 100.000 ações, arrecadando aproximadamente R$ 1 bilhão (cerca de US$ 188,4 milhões), de acordo com documentos oficiais divulgados. As informações são da Bloomberg.

Essa foi a primeira venda de ações realizada por Galperin em 2024. A última vez que ele havia vendido ações da empresa foi entre março e dezembro de 2023, período em que a empresa também apresentava um bom desempenho no mercado. Mesmo após essa venda significativa, Galperin ainda mantém uma participação de cerca de 7% no Mercado Livre, reforçando sua posição como um dos principais acionistas da companhia, que tem sede em Montevidéu, no Uruguai.

O Mercado Livre, que recentemente ultrapassou a Petrobras em valor de mercado, se tornou a empresa mais valiosa da América Latina listada em bolsa. As ações da empresa têm mostrado uma trajetória ascendente impressionante, com uma valorização de cerca de 50% no último ano, elevando o valor de mercado da companhia para aproximadamente R$ 525,8 bilhões (US$ 96,3 bilhões).

Na última terça-feira, as ações da Mercado Livre fecharam em Nova York cotadas a R$ 10.463,36 (US$ 1.916) por ação, um aumento de 19% desde o dia 1º de agosto, quando a empresa divulgou seus resultados do segundo trimestre, superando as estimativas dos analistas de mercado. Embora as ações tenham alcançado um patamar elevado, elas ainda estão abaixo do máximo histórico de R$ 10.835,76 (US$ 1.984), registrado no início de 2021, durante o pico da pandemia de COVID-19.

25 anos de Mercado Livre

Marcos Galperin, de 52 anos, fundou o Mercado Livre há 25 anos, inspirado pelo modelo de negócios da eBay, logo após concluir seus estudos na renomada Universidade de Stanford, nos Estados Unidos. Nascido na Argentina, Galperin construiu um império no setor de e-commerce e pagamentos digitais, sendo hoje uma das figuras mais influentes da economia digital na América Latina.

A trajetória de sucesso de Galperin e do Mercado Livre é marcada por uma série de inovações e pela capacidade de adaptação às mudanças do mercado. A empresa, que começou como um marketplace inspirado na eBay, expandiu suas operações para incluir serviços de pagamento digital, crédito ao consumidor, logística, entre outros. Isso permitiu ao Mercado Livre consolidar sua posição como líder do mercado de e-commerce na América Latina, superando desafios como a competição acirrada e as flutuações econômicas da região.

A venda recente de ações por parte de Galperin reflete uma estratégia de capitalização em um momento em que a empresa continua a demonstrar um forte desempenho financeiro, impulsionado por um crescimento robusto nas vendas online e nos serviços financeiros oferecidos pela plataforma. A decisão de vender uma parte de suas ações também pode indicar um movimento estratégico de diversificação de seus ativos, em meio à valorização das ações da empresa.

Acompanhe tudo sobre:Mercado LivreAções

Mais de Invest

Klabin (KLBN11) vai distribuir R$ 298 milhões em JCP

Com 'Stranger Things' e 'Round 6' no radar, ações da Netflix (NFLX) têm alta recorde

STJ decide que PIS/Cofins faz parte da base de cálculo do ICMS

Na rota de recuperação, Natura amplia presença da Avon no varejo