Banco do Brasil (Marcelo Camargo/Agência Brasil)
Paula Barra
Publicado em 12 de fevereiro de 2021 às 12h01.
Última atualização em 12 de fevereiro de 2021 às 12h04.
(Reuters) - O presidente-executivo do Banco do Brasil (BBAS3), André Brandão, afirmou nesta sexta-feira que houve um problema de comunicação com o presidente Jair Bolsonaro quando o banco anunciou que fecharia mais de 300 agência em todo o país.
Em meados de janeiro, o banco anunciou um plano de reestruturação que incluía o fechamento de 361 unidades, sendo 112 agências, 7 escritórios e 242 postos de atendimento. O anúncio foi mal avaliado por Bolsonaro, que chegou a ameaçar demitir o executivo.
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“Não conversei diretamente com o presidente, mas ele entendeu o que estamos fazendo e pretendo ainda com mais calma explicar toda a agenda de eficiência do banco”, disse Brandão, em teleconferência com jornalistas realizada nesta sexta-feira, 11.
Ele reiterou o plano de reduzir o número de agência do banco e economizar 10 bilhões de reais até 2025. Mas afirmou que o BB não abandonará totalmente nenhuma cidade. Segundo ele, se o banco decidir fechar uma agência em determinada cidade, outra agência ou correspondente bancário fornecerá os serviços básicos.
Além do fechamento de agências, o executivo disse que o programa de demissão voluntária (PDV) foi finalizado com a adesão de mais de 5,3 mil pessoas e que vai gerar uma economia anual recorrente de 783 milhões de reais e uma economia líquida de 2,9 bilhões até 2025.
Em relação à venda de ativos, Brandão disse ainda que a "Cielo (CIEL3) é core para o Banco do Brasil, não vamos desinvestir nesse momento mas temos que pensar como melhorar a experiência do cliente".