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Cemig é ’top pick’ em fundo do BB com plano de aquisições

“A companhia vem sendo muito bem administrada há muitos anos" justificou um analista do banco

A Cemig quer se tornar a segunda maior empresa do setor elétrico do país até 2020 (Divulgação)

A Cemig quer se tornar a segunda maior empresa do setor elétrico do país até 2020 (Divulgação)

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Da Redação

Publicado em 17 de fevereiro de 2012 às 15h43.

Rio de Janeiro - A intenção da Cia. Energética de Minas Gerais (CMIG3) de crescer com fusões e aquisições e impulsionar dividendos está fazendo a companhia ser apontada pelo fundo de energia do Banco do Brasil como uma das ações ‘top pick’ para 2012.

“A companhia vem sendo muito bem administrada há muitos anos”, disse Jorge Ricca, gerente executivo de fundos de ações do banco, em entrevista no Rio de Janeiro. A Cemig possui um histórico de boas aquisições e mostra “apetite” por crescer em um momento em que a consolidação do setor deve se acelerar.

O fundo de energia do BB, que inclui até 20 companhias e administra R$ 115 milhões, teve retorno de 20 por cento em 2011, acima do rendimento de 18 por cento do Ibovespa. Foi o melhor desempenho entre os fundos que investem em diferentes empresas do BB.

As companhias de energia elétrica do País vêm sendo beneficiadas pelo crescimento da demanda, diante da expansão econômica que tirou pelo menos 21 milhões de pessoas da linha da pobreza. O consumo de energia elétrica subiu 3,6 por cento em dezembro na comparação anual, o vigésimo quinto mês seguido de alta.

O pagamento de dividendos da companhia cresceu 33 por cento nos últimos três anos, segundo dados da Bloomberg. A Cemig encerrou o terceiro trimestre com R$ 3,9 bilhões em caixa e aumento de 21 por cento do lucro antes de impostos, juros, amortização e depreciação.

Aquisições

Nos últimos três anos a Cemig realizou 11 aquisições, incluindo a Light SA e compra de participação na usina de Belo Monte, como parte do plano de se tornar a segunda maior do setor no País até 2020. Na semana passada, a companhia acertou a compra de 40 por cento da Gas Brasiliano, que pertence à Petróleo Brasileiro SA.

O plano de vender ações da subsidiária Transmissora Aliança de Energia Elétrica SA também vai trazer benefícios à companhia ao aumentar sua posição em caixa, disse Ricca. A Cemig comprou uma participação majoritária na TAESA em 2010 e disse no ano passado que poderia vender ações dela para cumprir com exigência de número de ações em circulação, ou free float, do País.

A Cemig possui capacidade de geração de 6,925 megawatts, ou 7 por cento do mercado. No segmento de distribuição, a Cemig tem fatia de 12 por cento.

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