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CDS bate recorde na Europa com especulações de moratória grega

Já os bancos franceses podem ser rebaixados devido à exposição que têm aos papeis gregos

Os CDS de bancos como o Société Générale SA atingiram o maior nível da história com apostas de que as notas de crédito das instituições serão rebaixadas pela Moody’s (Pascal Le Segretain/Getty Images)

Os CDS de bancos como o Société Générale SA atingiram o maior nível da história com apostas de que as notas de crédito das instituições serão rebaixadas pela Moody’s (Pascal Le Segretain/Getty Images)

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Da Redação

Publicado em 12 de setembro de 2011 às 12h00.

Londres - O custo do seguro de títulos soberanos e de bancos da Europa subiu para níveis recordes com especulações de que a Alemanha está se preparando para uma moratória da Grécia, enquanto bancos franceses podem ser rebaixados devido à exposição que têm aos papeis do país.

O índice Markit iTraxx SovX Western Europe, que acompanha contratos de credit-default swaps, ou CDS, de 15 governos europeus, avançava 17 pontos base para 353 pontos às 10h. O índice Markit iTraxx Financial, que acompanha títulos sênior de 25 bancos e seguradoras, também subia 17 pontos base para 317 pontos, enquanto o índice que acompanha papéis subordinados tinha alta de 25 pontos base, para 560 pontos, segundo o JPMorgan Chase & Co.

O governo da chanceler alemã, Angela Merkel, está debatendo sobre como oferecer apoio aos bancos do país caso a Grécia não consiga fazer os cortes necessários no orçamento para cumprir as exigências previstas no pacote de ajuda, disseram três autoridades da coalizão do governo alemão em 9 de setembro. Os CDS dos maiores bancos da França, o BNP Paribas SA, o Société Générale SA e o Crédit Agricole SA, atingiram o maior nível da história com apostas de que as notas de crédito das instituições serão rebaixadas pela Moody’s Investors Service nesta semana.

“A situação na Grécia é apenas o problema inicial”, disse Alberto Gallo, estrategista do Royal Bank of Scotland Group Plc em Londres. “Nossos economistas estimam que a moratória pode ocorrer até o final do ano. Estamos focados nas consequências disso para os bancos europeus.”

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