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CCR não é o caminho no setor de infraestrutura na bolsa, diz Planner

Analista reprova possíveis operações em aeroportos e vê ações negociadas em altos múltiplos

Ações ordinárias da CCR registram queda de 1,5% em 2011 (Valéria Gonçalves/EXAME.com)

Ações ordinárias da CCR registram queda de 1,5% em 2011 (Valéria Gonçalves/EXAME.com)

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Da Redação

Publicado em 30 de agosto de 2011 às 13h59.

São Paulo – A notícia de que a Companhia de Concessões Rodoviárias (CCR) vai analisar a possibilidade de entrar no setor de aeroportos parece ter agradado parte do mercado. As ações ordinárias da CCR (CCRO3) subiam 2,3% na máxima desta terça-feira.

Nesta possível operação, os acionistas controladores da empresa Andrade Gutierrez e Camargo Corrêa poderiam transferir à CCR participação acionária em três aeroportos no exterior: Equador, Costa Rica e Curaçao.

O analista da corretora Planner, Rafael Andreata, não faz parte do hall dos otimistas com esta estratégia. “Estes três aeroportos possuem nível de alavancagem acima de 3x o Ebitda (lucro antes de juros, impostos, amortização e depreciação), o que no consolidado poderá afetar o resultado da CCR, com aumento de despesas financeiras”, avalia Andreata.

Além disso, o analista cita que as ações da CCR são negociadas ao múltiplo preço/lucro em 21,7 vezes e em 9,2 vezes seu valor da empresa/geração operacional de caixa, múltiplos considerados altos para o setor.

Os melhores caminhos

Dentro do segmento de infraestrutura, Rafael Andreata tem como preferencia as ações ordinárias da Triunfo Participações (TPIS3) e da OHL Brasil (OHLB3), que, segundo ele, são negociadas a múltiplos mais atrativos que CCR.

Ambas possuem recomendação de compra pelo analista. O preço-alvo aos papéis da Triunfo Participações é de 13,76 reais, um potencial de valorização de 49,2%. Já o preço-alvo às ações da OHL Brasil é de 75 reais, o que representa um potencial de apreciação de 24,8%.

CCR X OHL X Triunfo

Considerando o desempenho em 2011, as ações da CCR registram desvalorização de 1,3%, enquanto os papéis da Triunfo Participações caem 4,7%. As ações da OHL Brasil são as únicas que operam no campo positivo neste ano, com uma valorização de 2,8%.

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