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Cautela sobre dívida pesa e Bolsa de NY fecha em baixa

Nova York - Os principais índices do mercado de ações dos EUA fecharam em queda, refletindo a cautela dos investidores diante da continuidade do impasse entre governo e oposição a respeito da elevação no teto da dívida norte-americana. Ontem, o presidente dos EUA, Barack Obama, elogiou um plano elaborado por senadores democratas e republicanos para […]

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Da Redação

Publicado em 20 de julho de 2011 às 18h36.

Nova York - Os principais índices do mercado de ações dos EUA fecharam em queda, refletindo a cautela dos investidores diante da continuidade do impasse entre governo e oposição a respeito da elevação no teto da dívida norte-americana. Ontem, o presidente dos EUA, Barack Obama, elogiou um plano elaborado por senadores democratas e republicanos para reduzir o déficit norte-americano em US$ 3,7 trilhões e disse que a proposta representa um "passo muito importante" nas negociações sobre o orçamento do país. Isso deixou os investidores mais animados e deu suporte às bolsas na terça-feira. Hoje a história foi outra.

"Os participantes do mercado estão adotando uma postura mais sóbria", disse Jason Pride, diretor de estratégia de investimentos da Glenmede. "As pessoas estão percebendo que (a proposta dos senadores) talvez não receba apoio total da Câmara e decidiram esperar para ver."

Hoje, a Casa Branca informou que Obama está aberto a um acordo de curto prazo para elevar o aumento no teto da dívida se os líderes do Congresso conseguirem chegar a um consenso a respeito das medidas necessárias para reduzir o déficit orçamentário. Apesar disso, o presidente norte-americano continua contrário a um acordo que resolva apenas temporariamente a questão do limite de endividamento e não ofereça contrapartidas em relação ao déficit, algo que foi sugerido pelos republicanos.

"Todos estão tentando descobrir o que Washington vai fazer", disse Jim Meyer, executivo-chefe de investimentos da Tower Bridge Advisors. "Os movimentos do mercado hoje indicam que os investidores ainda não sabem. O otimismo visto na terça-feira não diminuiu efetivamente, mas vai diminuir se a proposta da 'gangue dos seis' não der em nada", acrescentou, referindo-se ao plano do grupo bipartidário de senadores elogiado por Obama.

Os indicadores divulgados hoje não contribuíram para fortalecer o otimismo. Segundo a Associação Nacional dos Corretores de Imóveis dos EUA, as vendas de imóveis residenciais no país caíram 0,8% em junho ante maio, para a taxa anual sazonalmente ajustada de 4,77 milhões - o menor nível em sete meses. Foi a terceira queda seguida em termos de comparação mensal. Analistas esperavam um aumento de 1,9% nas vendas.

Para Gary Flam, gerente de carteiras de investimento da Bel Air Investment Advisors "ainda não há muita convicção entre os investidores. Sem essa convicção, o mercado está muito suscetível a qualquer que seja a próxima manchete macroeconômica".

O Dow Jones, que ontem registrou seu maior ganho em pontos numa única sessão desde dezembro, caiu 15,51 pontos, ou 0,12%, para 12.571,91 pontos. Entre os componentes do índice, o Bank of America subiu 2,93%, mesmo depois de ter divulgado na terça-feira um prejuízo de quase US$ 9 bilhões no segundo trimestre. A United Tech, que hoje cedo anunciou um crescimento de 19% no lucro do segundo trimestre em relação a igual período do ano anterior, fechou em baixa de 1,80%.

Os papéis da Intel caíram 0,35% e recuavam 0,22% no after hours. A companhia divulgou após o fechamento das bolsas que seu lucro do segundo trimestre cresceu 2,3%, acompanhado por um aumento de 21% na receita.

Entre os demais índices, o Nasdaq recuou 12,29 pontos, ou 0,43%, para 2.814,23 pontos. A alta de 2,67% nas ações da Apple ajudou a conter o declínio. Ontem a companhia divulgou que seu lucro mais que dobrou no terceiro trimestre fiscal, puxado pelas vendas de iPad e iPhones. O S&P 500 perdeu 0,89 ponto, ou 0,07%, para 1.325,84 pontos. As informações são da Dow Jones.

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