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IGP-M, investimento de R$ 4 bi na Cosan e o que mais move o mercado

Bolsas asiáticas fecham em queda e europeias operam perto da estabilidade acompanhando pessimismo de Wall Street

Bolsa americana: bolsas asiáticas e européias acompanham perdas da véspera em Wall Street (Leandro Fonseca/Exame)

Bolsa americana: bolsas asiáticas e européias acompanham perdas da véspera em Wall Street (Leandro Fonseca/Exame)

Marília Almeida

Marília Almeida

Publicado em 29 de dezembro de 2022 às 07h14.

Última atualização em 29 de dezembro de 2022 às 07h41.

As bolsas no exterior operam em queda ou perto da estabilidade contagiadas pela cautela dos investidores na reta final do ano.

Na Ásia, as bolsas fecharam em queda. O índice Nikkei desvalorizou 0,94%, enquanto em Shangai a bolsa caiu 0,44%, acompanhando as perdas registradas por Wall Street no dia anterior. Até mesmo a bolsa de Hong Kong fechou em queda de 0,93%, mesmo com a recente flexibilização de sua política contra a covid-19.

Os investidores se preocupam com os indicadores econômicos globais para 2023, como uma inflação alta persistente causada pela guerra entre Rússia e Ucrânia, bem como por políticas contra a covid-19; e o aperto monetário promovido pelos bancos centrais.

O francês CAC40 operava estável às 6h35, enquanto o alemão DAX tinha alta de 0,11%. Já o STOXX600 caia 0,12%, e acumula desvalorização de 12% no ano.

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No pre-market, os índices futuros das bolsas americanas operam em tendência inversa e registram uma leve alta após queda na véspera. O Dow Jones registra alta de 0,18%, enquanto o S&P 500 valoriza 0,37%. O Nasdaq tem alta de 0,59%. Os índices foram contagiados por um rali das ações de tecnologia nas bolsas asiáticas diante da flexibilização de medidas contra a covid-19 na China e em Hong Kong.

Mas o apetite para risco diminuiu com a notícia de que os Estados Unidos e a Itália irão pedir teste de covid-19 negativo para chineses entrarem no país a partir do início do ano. Na Itália, a medida foi tomada após metade dos passageiros em um voo da China para Milão testarem positivo para o vírus.

Novos indicadores no Brasil

Nesta quinta-feira, 29, está prevista a divulgação do IGP-M de dezembro às 9h. Também devem ser publicados uma série de dados sobre orçamento e dívida pública em relação ao PIB do país.

Nos Estados Unidos, às 10h30, serão divulgados dados sobre pedidos de seguro desemprego e também dados sobre combustíveis ao longo do dia.

Itaú investe R$ 4,1 bilhões na Cosan

A companhia anunciou nesta quarta-feira, 28, à noite, um investimento de R$ 4,1 bilhões do Itaú (ITUB4) na Cosan Nove, veículo por meio do qual a holding é co-controladora da Raízen (RAIZ4), a maior empresa de etanol do Brasil e dona da operação dos postos Shell no país.

Pelo investimento, o Itaú passa a deter 27% da Cosan Nove que, por sua vez, é dona de 39% da Raízen. Na prática, portanto, o Itaú passa a ser dono de 10,5% da Raízen – o que indica que a transação foi feita a preços de mercado. A companhia é avaliada em torno de R$ 39 bilhões na B3.

BRF fecha acordo de leniência com a CGU

A BRF (BRFS3) vai finalmente passar uma régua nas pendências relacionadas à Operação Trapaça, da qual foi alvo durante a gestão do ex-presidente Pedro Faria, da era Tarpon-Abilio Diniz na empresa. A companhia estabeleceu um acordo de leniência de R$ 584 milhões com a Controladoria Geral da União (CGU) e Advocacia Geral da União (AGU).

O acordo, contudo, não terá efeito caixa para a empresa — não de saída do saldo atual, pelo menos. Ficou acordado que esse montante será quitado em cinco parcelas anuais por meio do abatimento de créditos fiscais detidos pela empresa. A compensação começa em 30 de junho de 2023. Apesar de não pagar com saída de recursos, a BRF terá de oferecer garantias à União, na forma de fiança bancária. Mesmo assim, em um total equivalente a apenas uma parcela.

 

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