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Cautela com política faz dólar ter leves oscilações ante real

Às 10:29, a moeda americana avançava 0,02 por cento, a 3,2929 reais na venda, depois de acumular alta de 1,15 por cento na semana passada

Dólar: Banco Central brasileiro realiza nesta sessão mais um leilão de até 8,2 mil swaps cambiais tradicionais (iStock/Thinkstock)

Dólar: Banco Central brasileiro realiza nesta sessão mais um leilão de até 8,2 mil swaps cambiais tradicionais (iStock/Thinkstock)

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Reuters

Publicado em 12 de junho de 2017 às 11h06.

São Paulo - O dólar trabalhava com leves oscilações ante o real nesta segunda-feira, com investidores ainda cautelosos com a cena política brasileira e o andamento das reformas no Congresso Nacional.

Às 10:29, o dólar avançava 0,02 por cento, a 3,2929 reais na venda, depois de acumular alta de 1,15 por cento na semana passada. O dólar futuro tinha baixa de 0,54 por cento.

"Ainda é difícil ser muito otimista diante de novas batalhas que virão", informou a corretora Guide em comentário a investidores.

O novo desafio para o governo do presidente Michel Temer passa pelo PSDB agora. O partido se reúne nesta tarde para definir se continua na base governista depois que Temer foi absolvido pelo Tribunal Superior Eleitoral na sexta-feira.

De modo geral, os tucanos têm dito que, mesmo que eventualmente saiam do governo, ainda vão manter o apoio às reformas. Para o mercado financeiro, sobretudo a aprovação da reforma da Previdência é fundamental, porque é essencial para colocar as contas públicas em ordem.

O mercado também trabalhava com a expectativa de que o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, possa denunciar Temer no Supremo Tribunal Federal (STF), onde o presidente já é investigado por crime, entre outros, de corrupção passiva.

Outro motivo de cautela do mercado eram os desdobramentos da denúncia de que a Agência Brasileira de Inteligência (Abin) pode ter sido acionada por Temer para vasculhar a vida do ministro Edson Fachin, relator da Lava Jato no STF.

No final de semana, a presidente do STF, ministra Cármen Lúcia, fez duras críticas à possibilidade de espionagem contra Fachin e classificou a denúncia como "gravíssimo crime".

O Banco Central brasileiro realiza nesta sessão mais um leilão de até 8,2 mil swaps cambiais tradicionais --equivalentes à venda futura de dólares-- para rolagem dos contratos que vencem julho.

No exterior, o dólar recuava ante uma cesta de moedas e moedas como o rand e lira turca antes da reunião do Federal Reserve, banco central norte-americano, na quarta-feira, quando deve elevar os juros novamente.

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