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Casino estuda opções para ativos na América Latina e GPA cai na Bolsa

O anúncio foi feito após o jornal O Globo afirmar que a empresa deve anunciar nos “próximos dias” um plano para combinar seus ativos na região

GPA: companhia também divulgou seu balanço trimestral (Pão de Açúcar/Divulgação)

GPA: companhia também divulgou seu balanço trimestral (Pão de Açúcar/Divulgação)

Karla Mamona

Karla Mamona

Publicado em 9 de maio de 2019 às 11h06.

São Paulo - As ações do Grupo Pão de Açúcar operavam em forte queda na manhã desta quinta-feira. Por volta das 10h40, os papéis caiam 5,62%, sendo vendidos por R$ 82 cada um.

Em comunicado enviado ao mercado, a companhia afirmou que o Casino, controlador do GPA, está revendo opções estratégicas na América Latina como parte da permanente revisão dos seus investimentos.

O anúncio foi feito após o jornal O Globo afirmar que a empresa deve anunciar nos “próximos dias” um plano para combinar seus ativos na região. Segundo o jornal, o desenho está sendo feito, mas o GPA será o carro chefe, migrará pro Novo Mercado e continuará listado em São Paulo e New York.

No comunicado enviado ao mercado, o GPA disse ainda que “essas reflexões não resultam em nenhum elemento material que justifique um anúncio ao mercado.”

Em relatório enviado a clientes, a XP Investimentos destacou que tendo em vista a reorganização de 2015, quando houve as sinergias entre Éxito com operações na Colômbia e GPA no Brasil, a principal preocupação dos investidores é um movimento similar agora, com a potencial incorporação do Éxito pelo GPA resultando em desembolso significativo de capital. Atualmente, o valor de mercado do Éxito é de R$7,4 bilhões, o que representa 32% do valor de mercado do GPA.

Os analistas disseram ainda  que as ações devem permanecer voláteis no curto prazo até mais detalhes serem divulgados.

Resultado trimestral

Ontem, após o fechamento do mercado, o Grupo Pão de Açúcar anunciou que teve lucro líquido consolidado de 164 milhões de reais no primeiro trimestre, uma queda de cerca de 27,4% sobre o desempenho obtido um ano antes.

Considerando ajustes relacionados à adoção do padrão contábil IFRS 16, a empresa teve lucro de operações continuadas de 149 milhões de reais, um avanço sobre os 77 milhões de um ano antes.

O GPA apurou um resultado operacional medido pelo lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda) ajustado de 642 milhões de reais no primeiro trimestre, avanço ante os 546 milhões registrados um ano antes. Incluindo os efeitos do IFRS 16 o Ebitda ajustado pulou para 875 milhões de reais, ante 757 milhões um ano antes.

A receita líquida da companhia nos três meses encerrados em março foi de 12,7 bilhões de reais, alta de 12% no comparativo anual. A margem bruta, porém, recuou 0,6%l, a 21,9%.

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