David Rubenstein é um dos fundadores que criaram o Carlyle Group em 1987 (Tim Sloan/AFP)
Da Redação
Publicado em 17 de agosto de 2011 às 14h11.
São Paulo – De olho na abertura de capital, os executivos do Carlyle Group, companhia de private equity que administra 153 bilhões de dólares, estão se encontrando com analistas de Wall Street para convencê-los de que a companhia é mais atrativa de que seus competidores, assim como o Blackstone Group.
Dono da CVC, maior operadora de turismo do Brasil, o Carlyle está argumentando que seu lucro mais estável deve recompensar os acionistas com um dividendo mais previsível do que os da concorrência, disseram à reportagem da Blooomberg algumas pessoas próximas ao assunto e que pediram para não ser identificadas, já que as negociações são privadas.
Fundado em 1987, o Carlyle Group planeja realizar a maior Oferta Pública Inicial (IPO, na sigla em inglês) já feita por uma companhia de private equity desde que sua rival Blackstone levantou 4,75 bilhões através da abertura de capital no mercado de ações em 2007.
Inicialmente, o grupo prevê arrecadar 1 bilhão de dólares com a operação, que deve ter seu registro enviado à Securities and Exchange Commission (SEC, o órgão regulador do mercado financeiro dos Estados Unidos) ainda neste mês, afirma a reportagem da Bloomberg.
Com a abertura de capital, o Carlyle deverá tornar pública algumas informações que estão protegidas há mais de 24 anos, incluindo o retorno que é repassado aos investidores. A expectativa do mercado é de que, caso a empresa esteja pagando bons dividendos, ela receberá uma avaliação bastante atrativa do mercado financeiro, explicaram analistas consultados.
Suspense
O Carlyle Group nunca revelou o quanto paga em dividendos aos acionistas, exceto para investidores privados. Uma das únicas formas de comparar a companhia a sua concorrente e poder avaliá-la é através dos ativos que ela administra, o que coloca a Blackstone na frente do Carlyle, com 159 bilhões de dólares.