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Captações externas tendem a recuar depois de recorde em 2012

As chamadas regras de Basileia III, que devem entrar em vigor este ano, podem tornar mais caro vender notas subordinadas


	O custo de captação em dólares de empresas brasileiras caiu para a mínima histórica de 5,11 por cento esta semana
 (Getty Images)

O custo de captação em dólares de empresas brasileiras caiu para a mínima histórica de 5,11 por cento esta semana (Getty Images)

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Da Redação

Publicado em 4 de janeiro de 2013 às 08h01.

São Paulo - As captações externas de empresas brasileiras devem cair depois do recorde de 2012. As ofertas de dívida subordinada de credores recuam e o receio de que a estagnação vá se estender para 2013 restringe emissões de junk bonds.

Empresas tão diversas quanto a estatal Petróleo Brasileiro SA e a debutante OAS SA levantaram US$ 47,4 bilhões no exterior no ano passado, maior valor já emitido por um país em desenvolvimento, superando os US$ 41,1 bilhões da Rússia, de acordo com dados compilados pela Bloomberg.

O custo de captação em dólares de empresas brasileiras caiu para a mínima histórica de 5,11 por cento esta semana, ainda 0,4 ponto percentual acima da média para mercados emergentes, de acordo com dados do JPMorgan Chase & Co.

Ainda que emissores mantenham o nível de ofertas no mês tipicamente mais movimentado para as vendas de títulos novos, o volume será moderado este ano, já que a captação de recursos sem precedentes em 2012 reduziu as necessidades de financiamento agora.

As chamadas regras de Basileia III, que devem entrar em vigor este ano, podem tornar mais caro vender notas subordinadas, de acordo com a Alliance Bernstein LP, e as estimativas de queda para o crescimento brasileiro também deverão limitar os empréstimos no exterior.

“Eu não vejo nenhum grande impulso do lado do refinanciamento, e o ambiente macro deverá manter os pés no freio”, disse Revisson Bonfim, analista do Espírito Santo Investment Bank, em entrevista por telefone de Nova York. “Haverá algumas emissões este mês, mas, para os próximos meses, eu não esperaria que 2013 superasse o volume que vimos em 2012.”

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