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Captação de empresas diminui 12,7% no 1º trimestre

Queda nas captações de renda variável e nos IPOs levou a redução; soma total ficou em R$ 23,3 bilhões

IPO da Arezzo: oferta inicial de ações captaram 46,5% menos do que no mesmo período de 2010 (Marcel Salim)

IPO da Arezzo: oferta inicial de ações captaram 46,5% menos do que no mesmo período de 2010 (Marcel Salim)

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Da Redação

Publicado em 7 de abril de 2011 às 14h01.

São Paulo - As captações realizadas por empresas no mercado de capitais doméstico tiveram queda no primeiro trimestre, puxadas pela desaceleração no segmento de ações. As captações totais de renda fixa e variável somaram R$ 23,3 bilhões de janeiro a março, retração de 12,7% ante o mesmo período do ano passado, segundo dados divulgados hoje pela Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais (Anbima).

A maior redução ocorreu com as captações no segmento de renda variável. O volume captado com as vendas de papéis somou R$ 4,8 bilhões, praticamente a metade do registrado no mesmo período do ano passado, de R$ 9,6 bilhões. Os IPOs (ofertas públicas iniciais de ações), na mesma base de comparação, apresentaram redução de 46,5%, segundo a Anbima.

Já as emissões de renda fixa tiveram crescimento de 8,2%, somando ao todo R$ 18,4 bilhões. As emissões de Certificados de Recebíveis Imobiliários (CRIs) foram as que mais cresceram, com taxa de expansão de 338,5% e volume de R$ 4,2 bilhões, acompanhando o crescimento do setor de construção civil e do mercado imobiliário. As notas promissórias, papéis usados pelas empresas para captarem recursos de curto prazo, tiveram captação de R$ 5,6 bilhões, expansão de 28%. Entre as novas operações, está uma emissão de R$ 2 bilhões da Redecard, anunciada no final de março.

Debêntures

As emissões de debêntures somaram R$ 7 bilhões no primeiro trimestre, queda de 11% ante o mesmo período de 2010. A maioria dos recursos captados pelas empresas, 56%, foi destinado para o refinanciamento de passivos, segundo a Anbima. Outros 21% foram destinados para capital de giro e o restante para financiar investimentos. O setor de construção civil foi o que mais emitiu, responsável por 30,6% das operações. Empresas como Brookfield Incorporações, Even Construtora e Alusa Engenharia acessaram o mercado.

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