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Capital Group gosta de dívida local do Brasil e outros emergentes

Real brasileiro e títulos locais oferecem um diferencial de taxas “significativo” em relação aos Treasuries americanos

Capital Group: investidores com visão de longo prazo estão colocando dinheiro em mercados emergentes seletos (D-Keine/Getty Images)

Capital Group: investidores com visão de longo prazo estão colocando dinheiro em mercados emergentes seletos (D-Keine/Getty Images)

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Agência de notícias

Publicado em 25 de outubro de 2023 às 12h01.

Última atualização em 25 de outubro de 2023 às 12h39.

O Capital Group acha que os investidores com visão de longo prazo ainda estão colocando dinheiro em mercados emergentes seletos, para garantir rendimentos altos antes que a inflação esfrie rapidamente.

Com cerca de US$ 2,3 trilhões, a quarta maior gestora ativa de renda fixa do mundo disse que essa perspectiva lhe permitiu contrariar a tendência do mercado e atrair US$ 747 milhões em novos investimentos para fundos de dívida de mercados emergentes este ano. Isso se compara a saídas líquidas de US$ 27 bilhões desse mercado como um todo, segundo dados da EPFR Global compilados pelo Bank of America (BofA).

“Os clientes querem garantir este nível de rendimento por mais tempo”, disse Flavio Carpenzano, diretor de investimentos da empresa em Londres.

Real e títulos brasileiros

Carpenzano, que passou por AllianceBernstein, Pimco e Banco da Inglaterra, disse que vê oportunidades de apostar no real brasileiro e títulos locais, que oferecem um diferencial de taxas “significativo” em relação aos Treasuries americanos, e também gosta de dívida local do Leste Europeu, onde os bancos centrais devem cortar juros. Ele aconselha exposição reduzida ao iuane chinês.

O fundo de dívida local de emergentes do Capital Group gerou um retorno de 13% no ano passado, o dobro da média do mercado e superior a 90% dos pares, segundo dados compilados pela Bloomberg.

“Quando olhamos para o quadro fundamental dos mercados emergentes, em geral eles são bastante sólidos”, disse Carpenzano, graças, em parte, a uma resposta fiscal à pandemia mais moderada do que a observada nos países desenvolvidos. A principal razão para a sua opinião de que os fundamentos são sólidos na maioria dos mercados emergentes é que as taxas de inflação “continuarão a esfriar rapidamente”, disse ele.

Quanto aos riscos de default em nações mais problemáticas, Carpenzo disse que isso já está precificado nos títulos.

“Apesar dessas inadimplências que vimos no mercado, você não viu efeito de contágio. O mercado foi capaz de distinguir os diferentes países e por isso não se viu um efeito dominante em todos os mercados emergentes.”

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