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CÂMBIO-Queda global do dólar prevalece e moeda fecha a R$1,675

Por Silvio Cascione SÃO PAULO, 20 de outubro (Reuters) - O dólar deixou para trás os efeitos da alta do juro na China e do imposto maior sobre o capital estrangeiro no Brasil, com queda de 0,71 por cento nesta quarta-feira, a 1,675 real . O movimento foi pautado pelo mercado internacional. Enquanto as operações […]

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Da Redação

Publicado em 20 de outubro de 2010 às 15h53.

Por Silvio Cascione

SÃO PAULO, 20 de outubro (Reuters) - O dólar deixou para
trás os efeitos da alta do juro na China e do imposto maior
sobre o capital estrangeiro no Brasil, com queda de 0,71 por
cento nesta quarta-feira, a 1,675 real . O movimento foi
pautado pelo mercado internacional.

Enquanto as operações cessavam no Brasil, o dólar perdia
1,4 por cento em relação a uma cesta com as principais divisas
. O euro , com alta de mais de 1 por cento, se
aproximava novamente do patamar de 1,40 dólar.

Já na terça-feira, profissionais de mercado alertavam que
era difícil distinguir até que ponto o imposto maior sobre as
aplicações estrangeiras em renda fixa havia sido responsável
pela alta do dólar no Brasil, já que o cenário global, com a
alta dos juros na China, também pressionava o mercado de
câmbio.

"Hoje o destaque é para o setor externo", disse Danilo
Campos, operador da corretora Flow, comentando a volta das
expectativas de que os Estados Unidos anunciem no início de
novembro novas medidas para estimular a economia.

O Livro Bege do Federal Reserve mostrou que a expansão da
economia continua modesta. Segundo a Medley Global Advisors,
uma influente consultoria, o Fed planeja lançar um programa
para compra de 500 bilhões de dólares em títulos do Tesouro, ao
longo de seis meses.

Como contraponto, mas com influência muito menor sobre a
taxa de câmbio, o Tesouro anunciou a captação de 1 bilhão de
reais em bônus no exterior, com vencimento em 2028. A emissão
de papéis em moeda local, de acordo com Marcelo Oliveira,
operador da corretora BGC Liquidez, "faz parte da estratégia de
não entrar dinheiro aqui e não forçar mais o câmbio."

"Mas o mercado aqui nem se mexeu", comentou.

Apesar de o dólar já ter voltado a cair após as medidas
recentes do governo contra a valorização do real, dados do
Banco Central mostraram que a entrada de capitais para
operações financeiras diminuiu neste mês.

Em termos brutos, a entrada de moeda para operações
financeiras caiu a 1,594 bilhão de dólares a partir do dia 5,
primeira sessão com a alíquota de 4 por cento do Imposto sobre
Operações Financeiras (IOF) para o capital estrangeiro
destinado a renda fixa [ID:nN20199816].

Nos dois primeiros dias do mês, antes do aumento do
imposto, a média era de 2,253 bilhões de dólares e, no mês
passado, foi de 2,341 bilhões de dólares. A conta, porém,
inclui outros investimentos, como em ações, que continuaram com
a mesma alíquota anterior de IOF, de 2 por cento.

Nesta semana, o governo elevou novamente o IOF sobre a
entrada de capital estrangeiro para renda fixa, a 6 por cento.

(Edição de Daniela Machado)

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