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CÂMBIO-Fluxo e cena externa positiva ditam queda do dólar

SÃO PAULO, 24 de outubro (Reuters) - O dólar operava em queda ante o real na manhã desta quarta-feira, refletindo fluxos pontuais em meio ao tom mais benigno nos mercados externos. A moeda norte-americana recuava 0,46 por cento, a 1,727 real na venda. "É basicamente um leve fluxo positivo", resumiu Marcos Trabbold, operador de câmbio […]

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Da Redação

Publicado em 24 de novembro de 2010 às 10h12.

SÃO PAULO, 24 de outubro (Reuters) - O dólar operava em
queda ante o real na manhã desta quarta-feira, refletindo
fluxos pontuais em meio ao tom mais benigno nos mercados
externos.

A moeda norte-americana recuava 0,46 por cento, a
1,727 real na venda.

"É basicamente um leve fluxo positivo", resumiu Marcos
Trabbold, operador de câmbio da B&T Corretora.

Outro operador, que pediu para não ser identificado,
confirmou os ingressos de recursos nesta manhã, que já vinham
ocorrendo desde a véspera.

"Está tendo entrada sim, mas nada muito grande. A liquidez
de manhã deve ser maior que à tarde, porque o mercado já vai se
preparar para o feriado nos Estados Unidos", disse. Os mercados
norte-americanos ficarão fechados na quinta-feira devido ao Dia
de Ação de Graças.

De acordo com dados da clearing (câmara de compensação) da
BM&FBovespa, foram registrados até agora pouco mais de 123
milhões de dólares em operações.

Os dois profissionais apontaram que o viés mais positivo
nos mercados internacionais também favorecia a baixa nas
cotações.

Os futuros das bolsas de valores norte-americanas
indicavam abertura positiva, enquanto o principal
índice de ações da Europa avançava 0,7 por cento. O
petróleo também se recuperava, após dias de perdas em meio a
temores com a crise na Irlanda, reforçadas na véspera por
tensões geopolíticas entre as duas Coreias.

Tais fatores levaram o dólar a subir forte ante o euro
e outras moedas na véspera, enquanto as ações
globais e commodities encerraram no
vermelho.

O mercado de câmbio também está atento à definição da
equipe econômica do próximo governo. Com a confirmação de que o
ministro da Fazenda, Guido Mantega, continuará na pasta, as
atenções recaem agora sobre quem sucederá Henrique Meirelles no
comando do Banco Central.

Segundo uma fonte disse à Reuters, Dilma escolheu Alenxadre
Tombini para chefiar o BC no próximo ano. O anúncio oficial
deverá ser feito apenas daqui a dois dias, mas a fonte
acrescentou que "é muito possível" que a confirmação seja feita
nesta quarta-feira.

(Reportagem de José de Castro; Edição de Vanessa Stelzer)

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