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Dólar fecha estável após dados dos EUA

Sem notícias importantes no cenário doméstico - além das previsões da pesquisa Focus -, os investidores focaram em dados dos EUA


	Dólares: o dólar à vista no balcão terminou a sessão estável, cotado a R$ 2,3770
 (Karen Bleier/AFP)

Dólares: o dólar à vista no balcão terminou a sessão estável, cotado a R$ 2,3770 (Karen Bleier/AFP)

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Da Redação

Publicado em 6 de janeiro de 2014 às 16h02.

São Paulo - O dólar iniciou a primeira semana "cheia" do ano sem direção clara, oscilando perto da estabilidade nesta segunda-feira, 6.

Sem notícias importantes no cenário doméstico - além das previsões da pesquisa Focus -, os investidores focaram em dados dos EUA, que podem sugerir uma postura mais cautelosa do Federal Reserve na redução dos estímulos monetários.

O dólar à vista no balcão terminou a sessão estável, cotado a R$ 2,3770. Por volta das 16h30 o giro estava em torno de US$ 869,67 milhões, segundo dados da clearing de câmbio da BM&FBovespa. No mercado futuro, o dólar para fevereiro recuava 0,06% neste horário, a R$ 2,3930. O volume de negociação estava próximo de US$ 10,04 bilhões.

O índice de atividade dos gerentes de compra (PMI, na sigla em inglês) do setor de serviços dos EUA caiu para 53,0 em dezembro, segundo informou o Instituto para Gestão de Oferta (ISM), quando a previsão era de 54,5. Já as encomendas à indústria avançaram 1,8% em novembro, acima das estimativas de alta de 1,5%.

Segundo operador de um grande banco ouvido pelo Broadcast, a leitura abaixo do esperado da atividade no setor de serviços dos EUA em dezembro sugere que talvez o Federal Reserve tenha de ser mais cuidadoso na retirada dos estímulos iniciada este mês. Isso também impulsionou outras moedas emergentes, como o peso mexicano (+0,26%), o rand sul africano (+0,86%) e o peso chileno (+0,60%).

No cenário interno, o HSBC divulgou que o PMI de serviços do Brasil caiu para 51,7 em dezembro, de 52,3 em novembro. Isso levou o PMI composto, que também computa a atividade no setor industrial, a recuar para 51,7, de 51,8.

Mais cedo, o Banco Central divulgou a pesquisa semanal Focus, na qual os participantes do mercado reduziram suas estimativas para o crescimento do PIB este ano de 2,00% para 1,95%.

Mesmo assim, os dados mais aguardados da semana são a produção industrial, na quarta-feira, e o IPCA de dezembro e a primeira prévia do IGP-M de janeiro, ambos na sexta-feira. Além disso, no cenário internacional, o payroll e a ata do Federal Reserve serão conhecidos esta semana.

Nesta segunda-feira, a agência de classificação de risco Moody's divulgou um relatório afirmando que a perspectiva estável para o rating Baa2 do Brasil já leva em conta um cenário de baixo crescimento este ano.

"Uma importante medida mostrando deterioração é a relação entre dívida e PIB, que tem subido para a marca de 60% e pode alcançar 62% em 2014", diz a agência. A Moody's salientou ainda a "limitada flexibilidade fiscal" do Brasil, além da rígida estrutura de gastos públicos e o fardo "relativamente pesado" dos juros.

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