Para garantir o direito ao recebimento, os investidores precisam estar com as ações em carteira até o dia 3 de novembro (Eduardo Frazão/Exame)
Repórter de mercados
Publicado em 12 de agosto de 2025 às 09h31.
A Caixa Seguridade (CXSE3) comunicou que vai pagar R$ 960 milhões em dividendos intercalares antecipados, que são pagamentos feitos aos acionistas antes do fechamento do balanço anual da empresa. O valor corresponde a 92,17% do lucro líquido registrado no segundo trimestre de 2025, de R$ 1,02 bilhão.
O valor por ação será de R$ 0,32, e o pagamento está previsto para ocorrer no dia 17 de novembro.
Para garantir o direito ao recebimento, os investidores precisam estar com as ações em carteira até o dia 3 de novembro, data que estabelece a posição acionária para o pagamento dos proventos. As ações serão negociadas ex-dividendos a partir de 4 de novembro.
Os dividendos serão creditados diretamente na conta corrente dos acionistas, desde que esta esteja cadastrada junto ao banco Bradesco, instituição financeira responsável pelos pagamentos. Caso prefira, o acionista pode comparecer a uma agência do Bradesco para retirar os proventos, desde que apresente a documentação que comprove a titularidade das ações da Caixa Seguridade.
Para as ações custodiadas pela Companhia Brasileira de Liquidação e Custódia (CBLC), os dividendos serão pagos ao custodiante, que realizará o repasse aos acionistas por meio das corretoras depositantes.
Os dividendos são uma parcela do lucro das empresas que é distribuída aos seus acionistas, proporcionando a eles um rendimento extra.
Então, quando uma empresa tem bons resultados ela distribui bons dividendos. Isso é um indicativo de que a companhia é bem administrada e pode ser uma opção de investimento interessante.
Qualquer investidor que compra uma ação ou um conjunto de ações está, na prática, se tornando sócio de uma empresa. Por ter aplicado parte de seu patrimônio na estrutura daquele negócio, o investidor passa a ter direito a receber parte dos lucros gerados em determinado período.
O cálculo do valor a ser distribuído é baseado no lucro líquido ajustado - ou seja, todo o ganho da empresa já subtraídos os impostos, despesas e eventuais provisões e vendas de ativos.
Essa é uma forma das empresas atraírem investidores, pois os dividendos permitem o recebimento de uma renda passiva - similar ao que acontece com quem é dono de um imóvel alugado, por exemplo.
Além disso, cabe lembrar que nem todas as empresas listadas na Bolsa de Valores conseguem pagar os dividendos. Mesmo para aquelas com bons históricos, não há garantia específica de pagamento.
Isso porque a empresa que distribui os lucros pode aumentar o valor da distribuição, mas também reduzir ou até mesmo suspender o pagamento em caso de alteração em seus negócios.
O pagamento de dividendos está sujeito à aprovação do conselho de administração de cada empresa, responsável por avaliar o crescimento, lucro, fluxo de caixa, força da indústria e formular a política de dividendos, determinar o valor, se houver, a ser distribuído aos acionistas.
Portanto, uma vez anunciada a distribuição de dividendos, o valor é determinado por ação e deve ser pago igualmente a todos os acionistas de uma mesma classe (ordinárias, preferenciais, etc.), detentores do ativo até determinada data, conhecida como Data-Com.
É importante ressaltar que os investidores que adquirirem ações que pagam dividendos mensais após a Data-Com não terão direito aos proventos. Esta data após Data-Com é conhecida como Data-Ex.
Desse modo, podemos analisar o funcionamento dos dividendos da seguinte forma: