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Caixa diz que BC aprova converter R$28 bi em capital nível 1

Segundo executivo, banco poderá converter R$ 28 bilhões de instrumentos híbridos em capital de nível 1


	Agência da Caixa Econômica Federal
 (Tânia Rêgo/ABr)

Agência da Caixa Econômica Federal (Tânia Rêgo/ABr)

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Da Redação

Publicado em 14 de agosto de 2014 às 16h34.

São Paulo - O Banco Central autorizou a Caixa Econômica Federal a converter cerca de 28 bilhões de reais de instrumentos híbridos em capital de nível 1, disse um executivo nesta quinta-feira, num momento em que o banco estatal busca aliviar preocupações sobre seus níveis de capital.

O aval regulatório permitirá que o índice de Basileia da Caixa suba em 1,3 ponto percentual, já pelas regras de Basileia III, afirmou nesta quinta-feira à Reuters o vice-presidente de finanças da Caixa, Márcio Percival.

No fim de junho, o índice de Basileia da Caixa Econômica, a maior concessora de empréstimo imobiliário do país, era de 13,27 por cento, ante mínimo de 11 por cento exigidos pelo BC. "Agora deve ir para 14,5 por cento", disse Percival.

No mês passado, a Reuters publicou que o pedido da Caixa Econômica estava em fase avançada no BC.

Os chamados instrumentos híbridos resultam de injeções de capitais feitas pelo Tesouro Nacional na Caixa entre 2009 a 2013. O BC já tinha autorizado a Caixa a registrar os títulos como capital, mas ainda precisava decidir sobre como qualificá-los. Na prática, ao permitir que o banco os classifique como de nível 1, o BC dá uma folga para que a Caixa continue ampliando o crédito.

Nesta quinta-feira, o banco informou que seu estoque de financiamentos cresceu 28 por cento em 12 meses até junho, quase o triplo da média dos rivais privados Bradesco, Itaú Unibanco e Santander Brasil.

Capital de nível 1 consiste principalmente de ações ordinárias, lucros retidos e, em alguns casos, ações preferenciais não resgatáveis.

Os rendimentos dos bônus de 10 anos da Caixa, o primeiro de seu tipo a incorporar recursos de Basileia III no Brasil, caíam ligeiramente após a notícia.

Nos últimos meses, formuladores de políticas dos bancos centrais anunciaram medidas como permitir o uso de ativos fiscais diferidos como capital para ajudar a suavizar a implementação das regras de Basileia III.

O Brasil começou a implementar Basileia III em outubro passado e os bancos têm até o início de 2019 para respeitarem integralmente as regras.

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