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Cade atrasa e analista reduz projeção para Pão de Açúcar

HSBC estima preço-alvo menor por demora na decisão do conselho, mas continua com recomendação de ‘overweight’

Loja do Pão de Açúcar: HSBC diminui projeção, mas ainda gosta das ações (Germano Lüders/EXAME.com)

Loja do Pão de Açúcar: HSBC diminui projeção, mas ainda gosta das ações (Germano Lüders/EXAME.com)

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Da Redação

Publicado em 17 de julho de 2012 às 11h06.

São Paulo – O HSBC continua com boas perspectivas gerais para o Pão de Açúcar (PCAR4), mas a demora do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) em julgar a compra da Casas Bahia pela rede varejista fez com que os analistas do banco reduzissem sua expectativa para a ação da empresa.

Em relatório de análises enviado para clientes, Francisco Chevez e Manisha Chaudhry diminuíram as expectativas para lucro por ação em 2012 e 2013 e, assim, reduziram também o preço-alvo para a ação em 12 meses de 120 reais para 115 reais, um potencial de valorização de 51%. A recomendação segue como overweight (alocação sugerida acima da média de mercado).

O analistas afirmam que a ViaVarejo, empresa que reúne Casas Bahia, Ponto Frio e Novapontocom, tem perspectivas positivas, mesmo com o atraso na captura das sinergias. “O atraso na decisão do Cade provavelmente adiará seus benefícios para 2013”, estimam os analistas.

Além disso, os analistas esperam que o crescimento orgânico da área de vendas de alimentos nas lojas possa dobrar nos próximos 12 meses.

“Esperamos que essa expansão adicione cinco pontos percentuais às receitas e leve o crescimento da receita total dos atuais 11% para cerca de 16%”, afirmaram os analistas do HSBC.

Eles também estimam que as bandeiras Assaí e Hipermercados Extra estão prontas para ter alta colaboração na expansão do grupo.

O crescimento, porém, não deve ter forte apoio em novas compras. Eles afirmam que o varejo fragmentado oferece muitas oportunidades de fusão e aquisição. “Entretanto, a administração somente irá considerar aquisições onde não tem presença, fora dos estados de São Paulo e Rio de Janeiro”, ressaltam os analistas.

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